É fundamental que a empresa entenda os tipos de estoque existentes e as especificidades de cada um no ciclo logístico. Assim, é possível implementar o que é mais adequado para o negócio, executando os processos com mais assertividade e eficiência

O gerenciamento de estoque é fundamental para o sucesso, independentemente do porte ou do setor de atuação da organização. A disponibilidade adequada de produtos é essencial para atender às demandas dos clientes e garantir a continuidade das operações.

Neste artigo, conheça os principais tipos de estoque e como saber qual é o ideal para o seu negócio. Confira!

Os principais tipos de estoque

Existem diversos tipos de estoque para garantir operações adequadas e eficientes para as organizações, além de atender às diversas demandas do mercado. Cada modelo desempenha um papel específico no processo logístico. A seguir, listamos os principais e suas características. 

1. Estoque mínimo

O estoque mínimo, também conhecido como ponto de ressuprimento, é a quantidade mínima de mercadorias que uma organização mantém em seu inventário para evitar a falta de produtos durante períodos de demanda imprevista, variações sazonais ou atrasos na reposição

Este nível de estoque é calculado considerando fatores como tempo de lead, histórico de vendas e variabilidade na demanda. Manter um estoque mínimo é essencial para prevenir interrupções nas operações e garantir a continuidade do atendimento ao cliente

2. Estoque médio

O estoque médio é a quantidade média de itens que uma empresa mantém em seu inventário durante um determinado período. Esse valor é calculado somando os níveis iniciais e finais de estoque em um tempo específico e dividindo o resultado pelo número de períodos considerados. 

É uma métrica importante para avaliar a eficiência da gestão de estoques, oferecendo insights sobre a rapidez com que os produtos são vendidos e repostos. Manter um estoque médio otimizado evita gastos excessivos de armazenagem e garante uma resposta ágil às flutuações na demanda

Ao monitorar e ajustar o estoque médio, as empresas podem promover uma gestão mais eficaz de seus recursos, equilibrando a disponibilidade de produtos com a necessidade de evitar excessos que possam impactar negativamente os custos operacionais.

3. Estoque máximo

Esse estoque representa a quantidade máxima de mercadorias que uma empresa deve manter em seu inventário. Essa métrica é determinada levando em consideração diversos fatores, como capacidade de armazenamento, custos associados à manutenção de estoques elevados e padrões de demanda sazonal. 

Estabelecer um nível de estoque máximo é essencial para evitar o excesso de produtos, reduzindo os custos de armazenagem e minimizando os riscos de obsolescência

Ao equilibrar a necessidade de atender à demanda com eficiência operacional, as organizações podem otimizar seu fluxo de caixa e garantir uma gestão estratégica de estoques que esteja alinhada com as exigências do mercado e o desempenho financeiro da organização.

4. Estoque em processo

O estoque em processo, também conhecido como estoque em produção, refere-se aos itens que estão em diferentes estágios do processo de fabricação antes de se tornarem mercadorias finalizadas

Suas características fundamentais envolvem a dinamicidade e a transformação constante, à medida que os materiais avançam pelas diferentes etapas de produção. Esse tipo de estoque está sujeito a variações devido a fatores como tempo de ciclo, eficiência da linha de produção e eventuais interrupções no processo. 

A gestão requer monitoramento contínuo para evitar gargalos, minimizar tempo de espera e otimizar a utilização dos recursos disponíveis. A sincronização entre as diferentes etapas da produção é essencial para evitar acumulação desnecessária ou escassez, garantindo uma produção fluida e eficiente. 

5. Estoque de produtos acabados

O estoque de produtos acabados representa a fase final da cadeia de produção e é caracterizado pela presença de itens prontos para serem entregues aos clientes. Essa categoria é importante para atender à demanda do mercado, assegurando a disponibilidade imediata de mercadorias quando necessário. 

Suas características incluem uma ampla diversidade de itens finalizados, cada um com suas especificações e requisitos de armazenamento. A gestão envolve a otimização da capacidade de armazenamento, o controle rigoroso dos prazos de validade e a implementação de sistemas logísticos eficazes para garantir uma distribuição ágil e precisa. 

A visibilidade em tempo real do estoque de produtos acabados é essencial para evitar excessos que possam resultar em obsolescência ou escassez que comprometa a satisfação do cliente. 

6. Estoque de antecipação

O estoque de antecipação é uma categoria estratégica que visa prever e atender às demandas sazonais, flutuações no mercado ou eventos especiais. Suas características incluem a antecipação do aumento na demanda e a busca em manter um estoque adicional para evitar escassez. 

Este tipo de estoque é frequentemente utilizado para lidar com variações sazonais, como picos de consumo durante feriados ou períodos promocionais. A gestão requer uma análise cuidadosa de tendências de mercado, histórico de vendas e previsões precisas para evitar excessos que possam resultar em custos desnecessários. 

A flexibilidade é fundamental, permitindo ajustes rápidos nas quantidades armazenadas em resposta às mudanças nas condições do mercado.

7. Estoque de segurança

O estoque de segurança, também conhecido como estoque de reserva, é uma prática essencial para lidar com incertezas e imprevistos ao longo da cadeia de suprimentos

Suas características incluem a reserva adicional de produtos além do nível previsto pela demanda média, destinada a mitigar riscos como atrasos de fornecedores, variações na demanda e outros eventos imprevisíveis. 

Este tipo de estoque é estrategicamente mantido para evitar interrupções na produção ou a impossibilidade de atender à demanda do cliente em situações adversas

8. Estoque em trânsito

O estoque em trânsito compreende produtos que estão em movimento ao longo da cadeia de suprimentos, seja do fornecedor para o fabricante, do fabricante para o centro de distribuição ou do centro de distribuição para os pontos de venda. 

Sua característica central está na complexidade logística associada ao transporte de mercadorias. Este tipo de estoque exige uma gestão cuidadosa do tempo de trânsito, monitoramento constante e eficiência nas operações logísticas para garantir a entrega pontual das mercadorias. 

A visibilidade em tempo real e a coordenação eficaz entre todos os elos da cadeia de suprimentos são fundamentais para minimizar riscos de atrasos e otimizar o fluxo contínuo dos itens. Além disso, a utilização de tecnologias de rastreamento e sistemas de informação é essencial para garantir a precisão.

9. Estoque consignado

O estoque consignado representa uma prática comercial em que o fornecedor mantém a propriedade dos produtos até que sejam vendidos pelo varejista

O varejista retém as mercadorias em suas instalações sem adquiri-las até a venda ao cliente final. Essa prática beneficia tanto ele quanto o fornecedor, mitigando o risco de excesso de estoque para o varejo, ao mesmo tempo em que o fornecedor mantém o controle sobre seus produtos até a comercialização.

A gestão exige uma comunicação transparente entre as partes envolvidas, rastreamento preciso das vendas e a capacidade de ajustar os níveis de estoque conforme as demandas do mercado.

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10. Dropshipping

No dropshipping, os produtos não são mantidos em estoque. Em vez disso, os pedidos dos clientes e os detalhes do envio são transferidos diretamente para os fornecedores ou fabricantes.

Esse método elimina a necessidade de gerenciar grandes inventários e investir em armazenagem, permitindo um maior foco em vendas, marketing e atendimento ao cliente

Como os produtos são enviados diretamente do fornecedor para o consumidor, ainda é possível reduzir gastos operacionais e riscos financeiros associados ao estoque excedente

Como definir o tipo de estoque ideal para o seu negócio? 

Definir o tipo de estoque ideal para o negócio é uma tarefa importante que requer uma análise aprofundada das características específicas da operação. O primeiro passo envolve compreender o setor de atuação, considerando fatores como sazonalidade, demanda do mercado e ciclo de vida dos produtos. 

Indústrias com variações sazonais, por exemplo, podem se beneficiar de estratégias de estoque flexíveis para lidar com picos e vales na procura. Além disso, é importante avaliar a complexidade da cadeia de suprimentos

Se a produção envolve diversas etapas, como aquisição de matérias-primas, produção e distribuição, é necessário gerenciar diferentes tipos de estoque, como matéria-prima, estoque em processo e produtos acabados. A eficiência nesse contexto depende da sincronização dessas etapas.

Outro fator importante é considerar o perfil do cliente e suas expectativas de prazo de entrega. Se o seu público-alvo valoriza a rapidez na entrega, estratégias como o uso de estoque de segurança podem ser necessárias para evitar atrasos.

Atualmente, a tecnologia é fundamental para o sucesso da gestão de estoques. Um levantamento mostrou que apenas 38% das empresas varejistas investem em um software de gerenciamento.

Os sistemas de automação e de gestão podem proporcionar uma visão em tempo real do estoque, permitindo ajustes rápidos conforme as condições do mercado. Ao definir o tipo certo de estoque para o negócio, implementar essa tecnologia melhora o desempenho operacional das organizações, gerando resultados positivos.

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