Primeiro é preciso entender: o que é um ERP Híbrido?
O ERP Híbrido é uma solução para gestão de negócios que permite às empresas fazerem uma combinação entre a segurança do armazenamento de dados em servidores próprios e a facilidade do armazenamento e acesso de informações na nuvem.
Para se decidir sobre a melhor alternativa, é importante estudar as alternativas, entender as vantagens e desvantagens e avaliar qual a melhor solução para a sua empresa.
O mercado brasileiro, em especial o das médias empresas, ainda está cauteloso quanto aos modelos de ERP na nuvem, acessados via internet.
Os principais receios estão relacionados à precariedade do acesso à internet em algumas regiões do país, aos riscos de vazamento de informações e ao roubo de dados.
Diante de um cenário de transformações rápidas e investimentos elevados em tecnologia e segurança, muitos gestores de TI se veem diante da seguinte dúvida, quando o assunto é ERP: instalar uma solução tradicional, em servidores locais ou optar pelos serviços armazenados na nuvem?
Vamos abordar aqui algumas características de cada um, a fim de ajudar a sua empresa a avaliar a solução mais adequada, de acordo com as especificidades do seu negócio.
O que devo analisar em um ERP na nuvem?
Para começar, é importante analisar os principais receios das empresas, em especial das médias, com relação ao ERP na nuvem.
- Sinal de internet: apesar do desenvolvimento tecnológico brasileiro, ainda acontecem situações que podem interromper temporariamente o acesso à rede, como acidentes, quedas de energia, equipamentos de distribuição, utilização em massa, etc. Nas regiões mais remotas do Brasil, existe a própria precariedade do serviço. Sem sinal de internet, é impossível acessar informações na nuvem;
- Aspectos culturais: ainda existe uma certa desconfiança relacionada à tecnologia de armazenamento na nuvem. Os servidores virtuais não tem uma estrutura física tangível para o empresário, que pode pensar que suas informações ficam vulneráveis por estarem em um lugar que não se pode identificar. O servidor pode estar no prédio vizinho ou do outro lado do planeta;
- Hackers ou scripts maliciosos: embora as empresas tenham evoluído muito para proteger sistemas na internet, os vazamentos de dados ainda acontecem e podem resultar em grandes dores de cabeça. O roubo de dados também é algo que causa temor nos empresários.
Pontos positivos de ter um ERP na nuvem
Em contrapartida aos possíveis receios dos empreendedores, a indústria do ERP vem evoluindo bastante e já se podem distinguir alguns pontos positivos no armazenamento virtual:
- Equipe qualificada: o nível de profissionalismo é cada vez mais aprimorado. As equipes técnicas e de suporte ao usuário estão cada vez mais qualificadas para oferecer segurança, prevenir invasões e detectar vulnerabilidades;
- Investimento inicial: a contratação do ERP na nuvem é mais barata no curto prazo, pois envolve valores menores com adesão e assinatura mensal. Nos sistemas tradicionais, é necessário investir em servidores, licenças de utilização, serviço de manutenção e assistência técnica.
Pontos positivos do ERP local
As pequenas e médias empresas tem dado preferência aos sistemas locais de ERP. O principal motivo continua sendo o controle total sobre os dados. Mas existem outros aspectos que levam a essa escolha:
- Customizações e personalizações: embora os processos de gestão sejam similares entre as empresas brasileiras, sempre haverá características específicas, que exigem flexibilidade e personalização. Os sistemas de ERP precisam ser ao mesmo tempo robustos e flexíveis, para atender às peculiaridades de cada negócio;
- Acesso remoto: modernas soluções de ERP permitem o acesso via celular ou tablet. Com isso, os gestores podem fazer consultas em tempo real, de qualquer lugar, com o mesmo nível de aprofundamento que teriam em um desktop. Sistemas de inteligência artificial também já estão integrados aos ERPs, promovendo maior agilidade e assertividade nas pesquisas e respostas;
- Ganhos financeiros no longo prazo: as soluções de ERP locais demandam um investimento inicial maior, que vai envolver a infraestrutura de TI, servidores e compra de licenças. É um investimento feito para a implantação, cobrado uma única vez. A longo prazo, há uma vantagem financeira sobre as opções na nuvem.
Afinal de contas: ERP local ou na nuvem?
A discussão sobre a melhor alternativa entre ERP local ou na nuvem ainda deve durar algum tempo. Possivelmente, não se chegará a um modelo predominante, pelo menos não no curto prazo. Nesse espaço, as soluções híbridas serão mais práticas e acessíveis, do ponto de vista de investimento.
Ao mesmo tempo em que vão melhorar no que diz respeito à segurança dos dados, por meio de servidores locais, vão também permitir a mobilidade para acesso das informações. Vamos apresentar dois exemplos, para que fique mais fácil de entender.
- Software local x servidor remoto: acontece quando a empresa contrata um ERP para ser instalado em seus servidores locais, mas, ao invés de manter esse servidor em sua empresa, ela contrata os serviços de um data center, acessado pela internet. Dessa maneira, é possível ter um ganho de segurança, uma vez que esse tipo de fornecedor conta com técnicos que monitoram as ameaças virtuais em tempo integral. Esse modelo pode também reduzir os custos com licenças de bancos de dados e sistemas operacionais, pois se paga apenas pela licença do software instalado;
- ERP na nuvem X instalação local: a empresa pode contratar um serviço de ERP na nuvem e fazer a instalação em equipamentos locais. Isso reduz os riscos de segurança citados anteriormente. Outra vantagem é a possibilidade de personalização e flexibilização. Aqui, não há custo para a aquisição do software, mas a empresa precisará de servidores e de recursos que tornem sua infraestrutura de TI mais segura.
Qual ERP escolher?
Essa é uma pergunta que cada empresa terá que responder, depois de analisar vantagens e desvantagens. De acordo com o Gartner Group, especialista no estudo de tendências no mundo da tecnologia, no futuro, 90% das empresas vão optar por modelos híbridos.
Além disso, cada vez mais, empresas de diferentes portes tem investido na utilização de sistemas de gestão que integrem processos operacionais e administrativos.
São os chamados ERPs pós modernos.