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Redator Sankhya

Postado dia 27/11/2025 09:19

Margem de lucro: entenda o que é e como calcular na sua empresa

Entenda o que é margem de lucro, diferenças entre margem de contribuição, quais os tipos e como realizar o cálculo da forma correta.

Profissional feminina em um ambiente de escritório calculando a margem de lucro em uma calculadora.

Você já se perguntou por que, mesmo com um bom volume de vendas, a lucratividade do negócio não avança como o esperado? Ou por que alguns produtos parecem ter bom desempenho, mas comprometem o caixa no fim do mês? A resposta, na maioria das vezes, está em um indicador financeiro muitas vezes subestimado: a margem de lucro.

Mais do que saber se a empresa está lucrando, entender a margem de lucro permite enxergar com clareza onde está o verdadeiro retorno e quais decisões estão corroendo o resultado – seja na precificação, nos custos ou nas prioridades comerciais. 

Neste artigo, vamos além do conceito: mostramos como calcular, analisar e utilizar a margem de lucro como ferramenta estratégica para aumentar a rentabilidade da sua empresa. Além disso, você irá entender as diferenças entre margem de lucro e margem de contribuição, os tipos de margem que você precisa acompanhar e como um ERP pode transformar essa análise em decisões mais inteligentes e lucrativas.

O que é margem de lucro?

Margem de lucro é o percentual da receita que se transforma efetivamente em lucro para a empresa após todos os custos e despesas serem subtraídos. Em termos práticos, ela responde à seguinte pergunta: quanto sobra no caixa da empresa para cada 1 real faturado?

Por exemplo: se um produto é vendido por R$1.000 e gera um lucro líquido de R$150, a margem de lucro é de 15%.

É importante diferenciar margem de lucro do lucro absoluto. O lucro é o valor bruto em reais, enquanto a margem é a proporção em relação à receita. E é essa proporção que permite análises comparativas entre diferentes períodos, produtos, unidades de negócio ou até mesmo entre empresas concorrentes.

A margem pode ser calculada por item, por cliente, por projeto ou no agregado da empresa. Essa flexibilidade permite entender exatamente onde está o maior retorno e onde estão os vazamentos de rentabilidade.

Por que calcular a margem de lucro?

Calcular a margem de lucro é mais do que uma boa prática: é uma necessidade para manter a empresa saudável, lucrativa e competitiva. Veja os principais motivos:

1. Tomada de decisão baseada em rentabilidade real

Faturamento alto nem sempre é sinônimo de bons resultados. Um produto pode vender muito, mas ter uma margem tão baixa que compromete a lucratividade da empresa como um todo. Já outro, com menor volume, pode ser altamente rentável.

2. Embasamento para a precificação estratégica

Definir preços apenas com base no mercado ou na concorrência é um risco. Sem conhecer a própria margem, o negócio pode entrar em uma guerra de preços insustentável. A margem ajuda a entender até onde é possível oferecer descontos ou criar promoções sem comprometer o lucro.

3. Controle de custos e otimização da operação

Se a margem está caindo, é preciso investigar os custos – sejam eles diretos (matéria-prima, produção) ou indiretos (despesas administrativas, marketing, logística). O controle da margem atua como um radar que alerta para a necessidade de ajustes operacionais.

4. Visão clara de rentabilidade por produto ou segmento

Analisar a margem por produto, serviço ou canal de venda permite focar nos itens com maior retorno e repensar estratégias para os que consomem muito e retornam pouco. Isso pode influenciar desde campanhas de marketing até decisões de descontinuação de portfólio.

Diferença entre margem de lucro e margem de contribuição

Embora ambos os indicadores lidem com receita e custos, há diferenças importantes:

  • Margem de lucro: considera todos os custos e despesas, incluindo fixos, variáveis, impostos e encargos financeiros. Reflete o lucro líquido final da empresa.
  • Margem de contribuição: considera apenas os custos variáveis. Mostra quanto da receita de um produto ou serviço está disponível para cobrir os custos fixos e gerar lucro.

Por exemplo: imagine um produto vendido por R$200, com custo variável de R$80. A margem de contribuição é de R$120, ou 60%. Esse valor será usado para pagar despesas fixas. Se os custos fixos relacionados forem de R$100, sobra R$20 de lucro líquido e a margem de lucro será 10%.

Em resumo:

  • Margem de contribuição: usada para decisões táticas, como mix de produtos e campanhas de venda.
  • Margem de lucro: usada para decisões estratégicas, como expansão, investimentos e distribuição de lucros.

Quais os tipos de margem de lucro?

Entender as diferentes formas de calcular a margem ajuda a aprofundar a análise financeira. Os três principais tipos são:

1. Margem Bruta

Foca na eficiência produtiva. Calcula quanto sobra da receita após o pagamento dos custos diretos de produção (como matéria-prima, mão de obra direta).

Fórmula: Margem Bruta = (Lucro Bruto ÷ Receita Bruta) × 100

É ideal para análises por produto ou linha de produção.

2. Margem Operacional

Considera também as despesas operacionais (salários administrativos, marketing, aluguel, depreciação). Reflete a eficiência da operação antes de juros e impostos.

Fórmula: Margem Operacional = (Lucro Operacional ÷ Receita Líquida) × 100

Essencial para avaliar a estrutura de custos fixos e a viabilidade do modelo operacional.

3. Margem Líquida

A mais abrangente. Inclui todos os custos, despesas, impostos e encargos financeiros. Representa o lucro final da empresa.

Fórmula: Margem Líquida = (Lucro Líquido ÷ Receita Total) × 100

É o indicador preferido de investidores e conselheiros, pois mostra o retorno real sobre o faturamento.

Como calcular a margem de lucro?

Apesar da simplicidade da fórmula, o segredo está em coletar os dados certos. Siga os passos:

  1. Some a receita total no período
  2. Subtraia todos os custos e despesas
  3. Divida o lucro pela receita
  4. Multiplique por 100 para obter a porcentagem

Exemplo completo:

Receita: R$ 100.000
Custos e despesas: R$ 72.000
Lucro: R$ 28.000
Margem de Lucro = (28.000 ÷ 100.000) × 100 = 28%

Dica: cuidado com o markup

É comum confundir margem de lucro com markup. O markup é um multiplicador sobre o custo, e não representa necessariamente a margem real. Por isso, sempre valide sua precificação com base na margem de lucro efetiva.

Qual a margem de lucro permitida por lei?

Legalmente, não há um limite estabelecido para a margem de lucro no Brasil. As empresas têm liberdade para definir seus preços e margens conforme sua estratégia e posicionamento de mercado, desde que respeitem os princípios do Código de Defesa do Consumidor.

O que a legislação proíbe são práticas abusivas, como preços excessivos em contextos de emergência ou vantagem manifestamente excessiva. O PROCON, por exemplo, atua em casos de aumentos desproporcionais, como os registrados durante a pandemia em itens como álcool gel e máscaras.

Em termos de referência, margens médias por setor costumam variar da seguinte forma:

  • Indústria: 6% a 8%
  • Comércio: 10% a 15%
  • Serviços: 20% a 30%

Esses percentuais não são regras, mas servem como parâmetro para avaliar se a lucratividade da empresa está alinhada com a realidade do mercado.

Além disso, é importante considerar os impactos do regime tributário adotado. No caso do lucro presumido, bastante comum entre empresas de médio porte, os impostos são calculados com base em uma margem estimada pela legislação, independentemente do lucro real apurado. Ou seja, mesmo que a margem efetiva da empresa esteja abaixo da presumida, a carga tributária será aplicada sobre a base fixada por lei. Por isso, entender a diferença entre lucro real e lucro presumido é fundamental para avaliar corretamente a rentabilidade e definir estratégias de precificação e gestão de custos com segurança.

Como o ERP Sankhya auxilia na gestão da margem de lucro

Monitorar margens manualmente ou via planilhas não é sustentável, especialmente em negócios com múltiplos produtos, canais e filiais. O ERP Sankhya atua como um parceiro estratégico na gestão financeira ao oferecer funcionalidades específicas para análise de margem de forma precisa, integrada e automatizada.

Veja os principais diferenciais do sistema:

  • Apuração precisa de custos: mapeamento detalhado de custos diretos e indiretos, com alocação correta para cada item ou operação.
  • Dashboards de margem por produto, cliente ou unidade: gestores acessam relatórios customizáveis que mostram onde está o maior retorno (ou os maiores gargalos) com base em dados atualizados em tempo real.
  • Mobilidade para tomada de decisão: acesso às informações de margem via dispositivos móveis. Ideal para diretores e gerentes que atuam em campo ou em múltiplas unidades.
  • Integração total dos dados: todos os módulos – compras, produção, vendas, financeiro – alimentam os indicadores de margem automaticamente. Isso reduz erros, elimina retrabalho e melhora o controle.
  • Simulações e projeções automáticas: o sistema permite simular cenários com diferentes preços ou custos para prever impactos na margem antes de tomar decisões.

Com o ERP Sankhya, calcular e analisar a margem deixa de ser uma tarefa operacional e se torna uma prática de inteligência de negócio. Essa é a diferença entre reagir aos números e antecipar tendências e oportunidades.

Conclusão

Se a sua empresa quer crescer com rentabilidade, manter a margem de lucro sob controle é uma prioridade. Não se trata apenas de saber se há lucro ou prejuízo, mas de compreender a eficiência de cada operação, produto e decisão estratégica.

O ERP Sankhya oferece exatamente essa capacidade: transformar dados financeiros em decisões lucrativas.

Fale com um consultor Sankhya e descubra como levar sua análise de margem a um novo patamar.

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