O cross docking é o atual modelo logístico que otimiza todas as etapas de um abastecimento, diminuindo o tempo de armazenamento de produtos em um ambiente, ou seja, privilegia uma entrega rápida e direta entre fábrica e cliente.
Empresas que passam por todo o processo de uma cadeia de abastecimento precisam acompanhar um mercado cada vez mais imediatista e exigente. Portanto, ter uma estratégia competitiva que englobe qualidade, otimização de tempo e produtividade é essencial.
Neste artigo, explicamos a fundo o que é o cross docking, os tipos de sistema que existem para distribuição, as vantagens desse processo logístico e como implementá-lo na sua empresa para se destacar no mercado com eficácia e qualidade.
O que é cross docking?
Independente de qual seja o item armazenado (matéria-prima ou mercadorias para entrega final), o cross docking é considerado o ápice de uma logística de abastecimento. Isso porque ele extingue todos os meios tradicionais de estocagem e apresenta um método reduzido de estoque ou até mesmo a eliminação dele.
Toda essa estratégia de cross docking muda também a forma de conduzir o transporte dessas mercadorias. Quando o consumidor final efetua a compra, o produto é enviado ao centro de distribuição e entregue ao cliente final de forma imediata.
Cross docking pode ser traduzido como “cruzando as docas”, referindo-se a uma maneira de as organizações garantirem aos seus clientes agilidade nas entregas e redução de gastos operacionais com espaço físico para estoque.
É uma estratégia que precisa ser muito bem definida e sincronizada, já que as operações que envolvem o centro de distribuição passam a ser o ponto chave para o sucesso e o destaque da empresa.
Em um mercado cada vez mais ágil e competitivo, a operação logística envolvendo o cross docking é uma solução econômica e rápida para a empresa, mas é preciso ter total atenção na qualidade tanto dos produtos quanto dos serviços para que o resultado final seja positivo.
Quais são os tipos de sistema de distribuição?
Dados levantados pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) mostram uma estimativa de que R$ 21,55 bilhões sejam perdidos em itens no varejo por não serem vendidos. Desse número, 40% são prejuízos causados por falhas na estimativa do estoque.
Mercadorias paradas são falhas graves de estratégia. Por isso a importância de usar o cross docking, tendo em vista que o produto só é solicitado ao fornecedor após a compra do cliente.
Existem alguns tipos de cross docking para que a empresa escolha o que melhor atende às necessidades organizacionais e estratégicas, visando a otimização e a eficiência dos processos. Conheça cada um eles:
Cross docking pré-distribuído
É um tipo de cross docking mais tradicional, em que o próprio fornecedor já prepara as mercadorias com a finalidade de entregar ao consumidor final. Esse processo é ágil, direto, evita acúmulos no estoque e não exige muita intervenção.
Cross docking consolidado
Nesse tipo de cross docking, as mercadorias são transferidas para uma área onde são avaliadas e adaptadas ao que foi exigido pelo cliente, como, por exemplo, quantidade específica dos produtos.
Cross docking híbrido
Esse é um tipo de cross docking complexo que exige uma estratégia logística muito eficiente para que não ocorram falhas ao longo do processo.
Aqui, as etapas acontecem da seguinte forma: as mercadorias são recebidas no armazém e separadas, uma parte é encaminhada diretamente ao consumidor final, enquanto a outra é colocada junto com itens que fazem parte de pedidos maiores.
Quais são as vantagens do cross docking?
O cross docking é uma excelente estratégia para empresas que buscam agilidade sem perder a qualidade, além de garantir mais satisfação dos clientes com prazos menores na entrega.
Eliminar o uso de estoque de mercadorias é a grande vantagem de aderir a esse processo, mas listamos outros benefícios que também são relevantes.
Reduz gastos
Com a eliminação de um estoque, a empresa passa a diminuir seus gastos com espaço físico para armazenamento dos produtos e, consequentemente, reduz os custos com a manutenção desses locais.
Agiliza o processo
Com a ação de entregar as mercadorias diretamente ao consumidor final, a agilidade passa a ser uma grande vantagem em todo o processo. Usando apenas as etapas de separar e reenviar, a empresa faz a entrega ao cliente em um prazo mais curto.
Evita a falta ou o excesso de produtos
Ter relatórios precisos de mercadorias que estão em falta e em excesso deixa de ser uma preocupação com o cross docking. A gestão de estoque não é mais necessária, tendo em vista que os fornecedores enviam os itens de acordo com as demandas.
Melhora o capital de giro
As empresas investem muito na compra de mercadorias e, muitas vezes, isso causa desequilíbrio e prejuízos financeiros com itens parados. Dessa forma, ocorrem problemas no capital de giro que podem interferir nos negócios.
Com os pedidos sendo específicos e sem a necessidade de estoque, a quantidade de capital de giro para o fluxo de caixa é reduzida e a empresa evita prejuízos.
Quando e como implementar um cross docking?
Para implementar o cross docking na empresa, é preciso montar uma estratégia para que todos os setores estejam interligados em um fluxo contínuo de informações e o processo de execução ocorra com agilidade e qualidade.
Por isso, é importante seguir alguns pontos ao decidir fazer essa implementação. Listamos a seguir:
1. Escolher bem os fornecedores
É muito importante ter fornecedores de confiança para que o cross docking tenha resultados positivos e com qualidade. Essa ligação é necessária para que o cliente final tenha a garantia de que o produto comprado chegará no prazo estipulado.
Em um supply chain, os fornecedores são de extrema importância, mas, ao eliminar o estoque desse processo, a presença constante e precisa deles passa a ser ainda mais relevante. Isso porque os produtos precisam estar à disposição e com garantia de envio dentro do prazo.
2. Treinar e manter uma boa comunicação com a equipe
Ter uma equipe treinada e preparada para o processo de cross docking é fundamental. O mercado e os clientes estão cada vez mais exigentes com qualidade e agilidade. Por isso, os colaboradores devem estar em sincronia com cada ação para que tudo ocorra no prazo certo e de forma dinâmica.
Além do treinamento, a estratégia envolve boa comunicação interna entre todos os setores, gestão de organização, padronização das atividades e definição de quais são os resultados esperados em cada etapa. Assim, é possível evitar falhas que possam atrapalhar o objetivo final.
3. Ter um bom centro de distribuição
Uma das etapas mais importantes da implementação de um cross docking é ter um centro de distribuição que permita um bom acompanhamento. Esse é o lugar estratégico onde os produtos chegam do fornecedor e saem para os clientes.
Por isso, é fundamental que seja um espaço físico bem estruturado e que ajude na otimização de tempo, na produtividade e na qualidade do trabalho.
Conclusão
Os processos de logística de distribuição em organizações que aderem ao cross docking precisam de tecnologias que atendam às suas necessidades, reduzindo custos, otimizando o tempo e aumentando a produtividade e a integração dos colaboradores. Assim, todas as ações podem ser executadas de forma eficiente e com entrega em prazo curto.
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