O controle de custos da sua empresa é importante para o estabelecimento do preço mínimo, sobre o qual a empresa pode definir sua política comercial. Além dos custos de aquisição, é preciso ficar atento aos custos fixos e aos gastos incidentes sobre o valor da venda.
Identificar cada um destes com assertividade ajuda o empreendedor a ter uma política comercial competitiva, levando em consideração ainda sua margem de lucro pretendida e o valor que o mercado está disposto a pagar.
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Variáveis para cálculo do preço mínimo
A formação de preços, de maneira geral, envolve um conjunto de variáveis para a determinação de patamares mínimos: custos de aquisição de produtos ou matéria prima, custos fixos (despesas mensais que não variam em função do volume de venda) e custos de venda (marketing, comissões e tributos).
Para chegar a um patamar de preços mínimo, essas três variáveis precisam ser identificadas claramente. O empreendedor precisa conhecer e classificar cada um de seus custos. Assim, ele poderá estabelecer um valor que cubra todos eles e ainda ofereça uma margem de lucro. É daí que vem a rentabilidade sobre o capital investido.
Parece simples, não? Algo que toda empresa possa fazer com tranquilidade e precisão. Mas não é só isso: os gestores têm que ficar de olho em mais um fator, que é o preço praticado pela concorrência e aceito pelo mercado.
Se o seu concorrente é mais produtivo, negocia melhor com fornecedores e mantém os custos fixos sobre controle, o preço mínimo dele pode ser inferior ao seu e, nesse caso, não adianta identificar um valor de venda que lhe permita ser rentável se isso não lhe garantir competitividade.
Por isso, as empresas costumam acompanhar de perto todos os custos que impactam nos processos de aquisição de insumos, operação do dia a dia e despesas sobre as vendas.
Monitorar cada um deles com informações precisas ajuda a identificar os pontos que merecem maior atenção para definição das melhores estratégias de redução e controle, como, por exemplo, negociações mais vantajosas com fornecedores, redução de desperdícios, mudança no cálculo de comissões, ajuste do enquadramento tributário, etc.
Dada esta visão geral, vamos conhecer melhor cada um dos custos que impactam na formação dos preços?
Custos da Mercadoria Vendida
Para produzir, as indústrias compram matéria-prima que será transformada. Já o comércio, adquire mercadorias a serem revendidas. Nos dois casos, existe o custo da mercadoria em si, o custo do desembaraço e transporte, entre outros. A soma destes gastos será contabilmente incorporada ao estoque.
Outros gastos como descarregamento e armazenagem, que contabilmente devem ser registrados como despesas, ainda podem ser considerados na composição do custo para formação do preço.
O controle dos custos de aquisição passa pela análise cuidadosa dos fornecedores. A empresa deve buscar permanentemente conhecer novas alternativas e manter boas relações com os atuais fornecedores, em busca de condições mais vantajosas.
Em tempos de altos custos de combustíveis e fretes, por exemplo, pode ser mais rentável negociar com empresas que fiquem próximas à sua. Trocar um fornecedor é sempre algo delicado, por isso, negociar bem é fundamental para o controle dos custos.
Custos de venda
Para que o produto possa chegar ao consumidor final, existem outros gastos que geram impactos na formação do preço, como comissões e tributos sobre a venda.
Para manter o controle de custos, o empreendedor deve avaliar sua política comercial, o pagamento de comissões e a política tributária do seu Estado. Muitas vezes, as alíquotas variam significativamente de uma região para outra do país.
Uma boa consultoria tributária pode ajudar avaliar se o enquadramento tributário é o mais vantajoso possível, e manter os custos sob controle. O pagamento de comissões sobre a rentabilidade (ao invés do faturamento) pode ser uma alternativa para aumentar o engajamento da equipe com a qualidade das negociações.
Custos fixos
Toda empresa, para produzir e vender, paga algumas contas periodicamente. Elas não variam de acordo com o volume de vendas. Alguns exemplos: manutenção da estrutura física, folha de pagamento, energia, água, comunicações, entre outros. Quando o empreendedor identifica e discrimina corretamente esses custos, será possível calcular quanto eles representam no faturamento da empresa. Ou seja, qual percentual da receita é comprometida para cobrir essas despesas.
Ao manter os custos fixos sob controle, o empreendedor consegue ter uma previsibilidade para o cálculo do preço mínimo, reservando um percentual do preço para cobrir estes gastos.
Quando o custo fixo sobe muito, pode ser necessário fazer adequações ou cortes. Alguns são mais difíceis de serem ajustados, como a manutenção da estrutura física e maquinário. Outras reduções, por sua vez, podem ser conquistadas com aumento de produtividade, melhoria de processos e redução de desperdícios.
Mercado
Depois de identificar seus custos, a empresa está pronta para definir um preço mínimo possível, acrescentando a margem de lucro pretendida. Nesse ponto é necessário também ficar atento ao valor que o mercado está disposto a pagar. Muitas vezes, torna-se inviável chegar a um valor competitivo, o que pode levar algumas empresas a descontinuarem a produção ou a aquisição de mercadorias para revenda.
Em outras situações, quando a empresa é competitiva e possui o menor custo possível, ela vai poder trabalhar sua política de preços com maior flexibilidade, atenta ao que o mercado está disposto a pagar e ao valor praticado pelos concorrentes.
Fazer a gestão do controle de custos manualmente pode ser uma tarefa muito difícil. Por isso um bom sistema de gestão é um dos maiores aliados do empreendedor. Com o apoio da tecnologia, as informações sobre os custos de aquisição de insumos, estrutura e venda são calculados automaticamente. Isso permite gerar indicadores com simulação de diferentes cenários, que contribuem para que o gestor possa enxergar os custos que mais pesam em seu preço de venda e atuar de maneira assertiva.
Conheça os custos da sua empresa e seja mais competitivo!