Em janeiro de 2025, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, foi elevada para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Esta decisão visa controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. 

Para profissionais como Diretores Financeiros (CFOs), Analistas de Tesouraria, Gerentes de Crédito, Controllers e Gerentes de Investimentos, compreender o conceito de taxa de juros é fundamental. 

De acordo com o Banco Central do Brasil, as taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras variam conforme a modalidade de crédito, refletindo as condições econômicas e a política monetária vigente. 

Portanto, entender o que é a taxa de juros e como ela afeta diferentes aspectos financeiros é essencial para otimizar custos, avaliar oportunidades de investimento e garantir a eficiência financeira da empresa.

Banner promocional trilha de gestão financeira, com fundo azul-escuro e verde. O texto principal destaca para fazer o mini curso gratuito de gestão financeira para otimizar os resultados da empresa. Do lado direito consta um notebook com a tela do curso de gestão financeira.

O que é taxa de juros?

A taxa de juros é um percentual cobrado sobre um valor emprestado ou investido ao longo de um período determinado. 

Ela representa o custo do dinheiro no tempo e é um dos principais fatores que influenciam a economia, afetando desde empréstimos e financiamentos até investimentos e decisões de consumo.

As taxas de juros podem ser aplicadas de diferentes formas, dependendo da situação financeira. Quando uma pessoa solicita um empréstimo ou financiamento, a taxa representa o custo que ela pagará pelo crédito concedido. 

Já em investimentos, como aplicações financeiras, a taxa de juros indica o retorno que o investidor terá sobre o capital aplicado.

Como funciona a taxa de juros?

Conforme dito anteriormente, a taxa de juros é um percentual aplicado sobre um valor emprestado ou investido, determinando o custo do crédito ou o retorno de um investimento ao longo do tempo. 

Seu funcionamento varia conforme o tipo de operação financeira, sendo um fator básico para o equilíbrio da economia e a tomada de decisões financeiras.

Quais são os principais tipos de juros existentes?

Existem diversos tipos de juros aplicados em diferentes contextos financeiros. Conhecer cada um deles é necessário para tomar decisões mais inteligentes e evitar surpresas em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Confira os principais tipos:

  • Taxa de juros nominal: É a taxa anunciada pelos bancos e instituições financeiras, sem considerar a inflação.
  • Taxa de juros real: Ajustada pela inflação, reflete o verdadeiro ganho ou custo do dinheiro ao longo do tempo.
  • Taxa de juros simples: Calculada apenas sobre o valor inicial, sem acumulação de juros ao longo do tempo.
  • Taxa de juros composta: Conhecida como “juros sobre juros”, leva em conta o montante acumulado ao longo do tempo, sendo a mais comum no mercado financeiro.
  • Taxa de juros efetivos: A taxa de juros efetiva considera o período de capitalização dos juros, ou seja, quantas vezes ao ano os juros são aplicados sobre o saldo devedor ou investimento.
  • Taxa de juros rotativos: Esse tipo de taxa de juros é aplicada em créditos como o cartão de crédito e o cheque especial. Quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão, os juros rotativos são cobrados sobre o saldo devedor.
  • Taxa de juros moratórios: Os juros moratórios são aplicados em caso de atraso no pagamento de dívidas. Eles servem como uma penalização ao devedor e geralmente são combinados com multas.

Como calcular a taxa de juros?

Saber como calcular a taxa de juros ajuda a entender os custos de um crédito ou a rentabilidade de uma aplicação financeira. Existem diferentes formas de cálculo, dependendo do tipo de juros aplicado.

Cálculo da taxa de juros simples

Nos juros simples, a taxa de juros é aplicada apenas sobre o valor inicial (principal), sem considerar os juros acumulados ao longo do tempo.

Fórmula: J = P × i × t

Onde:

J = juros

P = valor principal

i = taxa de juros (em decimal)

t = tempo (em meses ou anos)

Exemplo:

Um investidor aplica R$ 2.000,00 a uma taxa de juros simples de 4% ao mês por 6 meses.

J = 2.000 × 0,04 × 6 = R$ 480,00

O valor total ao final do período será:

Montante = Principal + Juros = R$ 2.000 + R$ 480 = R$ 2.480,00

Cálculo da taxa de juros composta

Nos juros compostos, os juros acumulados são adicionados ao capital inicial, formando uma base maior para os cálculos seguintes. Esse modelo é amplamente usado em investimentos e financiamentos.

Fórmula: M = P × (1 + i)ᵗ

Onde:

M = montante final

P = valor principal

i = taxa de juros (em decimal)

t = tempo (em meses ou anos)

Exemplo:

Um investidor aplica R$ 2.000,00 a uma taxa de juros composta de 4% ao mês por 6 meses.

M = 2.000 × (1 + 0,04)⁶

M = 2.000 × (1,265) = R$ 2.530,00

O valor final será R$ 2.530,00, com um total de juros de R$ 530,00.

Como encontrar a taxa de juros?

Se você já sabe o montante final e deseja encontrar a taxa de juros, pode reorganizar as fórmulas acima. No caso de juros simples:

i = J ÷ (P × t)

E para juros compostos, usando logaritmos:

i = (M ÷ P)¹ᐟᵗ – 1

Exemplo:

Se um investimento de R$ 2.000,00 cresceu para R$ 2.530,00 em 6 meses com juros compostos, a taxa pode ser encontrada assim:

i = (2.530 ÷ 2.000)¹ᐟ⁶ – 1

i ≈ 0,04 ou 4% ao mês

Reforçamos que avaliar um empréstimo ou calcular o rendimento de um investimento, compreender os diferentes modelos de juros permite planejar melhor seu dinheiro e evitar custos inesperados.

Como a taxa de juros afeta os investimentos?

Seja para quem investe em renda fixa ou variável, a taxa de juros é um dos principais fatores que influenciam o mercado financeiro e o desempenho dos investimentos.

Impacto da taxa de juros nos investimentos em renda fixa

Os investimentos em renda fixa, como CDBs, Tesouro Direto e LCI/LCA, são diretamente afetados pela taxa de juros. Isso ocorre porque muitos desses produtos estão atrelados à taxa Selic ou ao CDI, que acompanham as oscilações da economia.

Quando a taxa de juros sobe:

  • O rendimento dos investimentos de renda fixa aumenta, tornando-os mais atrativos.
  • O Tesouro Selic, CDBs pós-fixados e fundos DI passam a oferecer retornos mais elevados.
  • Os títulos prefixados perdem valor, pois os investidores preferem novas aplicações com taxas mais altas.

Quando a taxa de juros cai:

  • O rendimento dos investimentos de renda fixa diminui, tornando-os menos rentáveis.
  • Os títulos prefixados valorizam, pois oferecem taxas mais vantajosas do que as novas emissões.
  • Investidores podem migrar para alternativas de maior risco, como a renda variável.

Impacto da taxa de juros na renda variável

Os investimentos em renda variável, como ações, fundos imobiliários e criptomoedas, também são afetados pela taxa de juros, mas de forma inversa à renda fixa.

Quando a taxa de juros sobe:

  • O custo do crédito aumenta, reduzindo os lucros das empresas e impactando negativamente o preço das ações.
  • Investidores preferem a segurança da renda fixa, reduzindo a demanda por ativos de maior risco.
  • Os fundos imobiliários tendem a desvalorizar, pois o custo de financiamento para o setor imobiliário aumenta.

Quando a taxa de juros cai:

  • Empresas têm acesso a crédito mais barato, o que favorece seu crescimento e valorização no mercado de ações.
  • Investidores buscam retornos mais atrativos na renda variável, aumentando a valorização das ações e fundos imobiliários.
  • O mercado se torna mais favorável para startups e setores que dependem de financiamento.

Investidores devem acompanhar as mudanças na economia e adaptar suas estratégias de investimento de acordo com o cenário atual. Dessa forma, é possível maximizar os retornos e minimizar os riscos ao longo do tempo.

Quais são as principais taxas de juros dos investimentos?

São diversos os tipos de taxas de juros que impactam os investimentos, seja em renda fixa ou variável. Conhecer essas taxas ajuda a tomar decisões mais estratégicas e rentáveis.

1. Taxa Selic

Influencia todas as demais taxas de juros do mercado e é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Impacto nos investimentos:

  • Quando a Taxa Selic sobe, os investimentos em renda fixa, como Tesouro Selic, CDBs e fundos DI, tornam-se mais atrativos.
  • Quando a Taxa Selic cai, os rendimentos da renda fixa diminuem, incentivando os investidores a buscar opções de maior risco, como ações e fundos imobiliários.

2. CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

O CDI é uma referência para investimentos de renda fixa e acompanha a Taxa Selic, mas geralmente fica um pouco abaixo dela. Muitos investimentos oferecem rentabilidade atrelada a um percentual do CDI, como CDBs, LCIs, LCAs e fundos de renda fixa.

Exemplo: Um CDB que rende 110% do CDI significa que ele pagará 10% a mais do que o CDI no período.

3. IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA mede a inflação no Brasil e influencia investimentos indexados à variação dos preços, como o Tesouro IPCA+ e alguns CDBs e debêntures.

Impacto nos investimentos:

  • Quando a inflação sobe, os investimentos atrelados ao IPCA protegem o poder de compra do investidor.
  • Quando a inflação cai, os retornos desses investimentos podem ser menores, tornando opções prefixadas mais vantajosas.

4. Taxa prefixada

A taxa de juros prefixada é definida no momento do investimento e não muda ao longo do tempo. Títulos como o Tesouro Prefixado e alguns CDBs oferecem essa modalidade.

  • Vantagens: O investidor sabe exatamente quanto irá receber no vencimento.
  • Desvantagens: Se a Taxa Selic ou o CDI subirem, o rendimento pode ser inferior ao de investimentos pós-fixados.

5. Taxa pós-fixada

Nos investimentos pós-fixados, a taxa de juros varia conforme um indicador, como o CDI ou o IPCA. O Tesouro Selic, por exemplo, acompanha as variações da Taxa Selic, garantindo liquidez e previsibilidade.

  • Vantagens: Proteção contra oscilações do mercado e maior segurança.
  • Desvantagens: Se os juros caírem, a rentabilidade do investimento diminui.

Cada tipo de taxa de juros afeta os investimentos de maneira diferente. Enquanto taxas como Selic e CDI são essenciais para a renda fixa, a inflação (IPCA) impacta o poder de compra e a rentabilidade real dos investimentos. 

Conheça a gestão financeira do ERP Sankhya

O ERP Sankhya oferece um conjunto completo de ferramentas que auxiliam na organização das finanças, no planejamento estratégico e na tomada de decisões mais assertivas. 

Usando o sistema, sua empresa pode otimizar recursos, reduzir custos desnecessários e melhorar a rentabilidade do negócio.

Principais benefícios da gestão financeira do ERP Sankhya:

  • Diminuição do capital de giro parado em produtos inadequados/ultrapassados;
  • Possibilidade de rever a estratégia de precificação em função dos resultados obtidos;
  • Informações para auxiliar no planejamento financeiro e tomada de decisão;
  • Diminuição de custos adicionais por transações com falta de conciliação automática;
  • Possibilidade constante de monitorar o uso do orçamento (previsto x realizado);
  • Possibilidade de monitoramento o ciclo operacional e o ciclo financeiro da empresa;
  • Informações para análise da lucratividade do negócio;
  • Informações para análise da rentabilidade e o EBITDA do negócio;
  • Informações para análise do índice de endividamento da empresa e muito mais. 

É bom lembrar que a gestão financeira eficiente vai muito além do controle de receitas e despesas. 

Com o ERP Sankhya, sua empresa ganha uma visão 360º das finanças, possibilitando decisões mais estratégicas e assertivas

Além disso, ao integrar indicadores financeiros como taxa de juros, rentabilidade e endividamento, o sistema ajuda a otimizar o desempenho do negócio e garantir um crescimento sustentável.

Banner promocional do ERP Sankhya destacando a movimentação financeira e bancária. A imagem mostra um laptop exibindo um dashboard financeiro moderno, com gráficos e indicadores de desempenho. O texto convida o usuário a explorar o sistema para integrar e otimizar processos financeiros e bancários. Botão de call-to-action verde com a frase 'Navegar Agora'.

Conclusão

Concluindo, a taxa de juros é um fator essencial para a economia, influenciando desde investimentos e financiamentos até a rentabilidade de aplicações financeiras. 

Compreender seu impacto é fundamental para tomar decisões mais estratégicas e evitar custos desnecessários.

Se você quer entender melhor como a taxa de juros pode afetar suas finanças ou seus investimentos, e como o ERP Sankhya pode te ajudar, fale com um de nossos consultores e obtenha as melhores soluções para o seu negócio.