Conhecer e acompanhar os números do negócio é fundamental para qualquer empreendedor. A indústria 5.0 trouxe muitas novidades com relação à metrificação de resultados, criando indicadores de gestão que mostram em que pontos a administração pode melhorar. O ponto de equilíbrio é um deles.
Considerado um dos principais indicadores dentro do planejamento estratégico, o ponto zero mostra se o volume de vendas é capaz de pagar todas as contas de determinado período.
Isso quer dizer que, quando a empresa atinge o ponto de equilíbrio, as despesas de produção, transporte, armazenamento, tributos etc. foram pagas pelo número de vendas. Portanto, toda a margem do faturamento adicional representa o lucro.
Por meio do cálculo do ponto de ruptura, é possível avaliar a saúde financeira de uma empresa, já que o resultado do cálculo mostra qual é a quantidade ou o volume mínimo de faturamento que a empresa precisa ter para não ficar no prejuízo.
Mas, afinal, o que é ponto de equilíbrio?
Também conhecido como ponto zero, break-even point, ponto de ruptura e ponto crítico, o ponto de equilíbrio é uma excelente ferramenta de gestão financeira.
Conforme o próprio nome sugere, o ponto zero de uma empresa acontece quando ela atinge o equilíbrio entre os custos e os gastos (fixos e variáveis) e o volume de vendas.
Ao avaliar, os gestores entendem qual é o faturamento mínimo necessário para arcar com todas as despesas do negócio em um determinado período.
Para simplificar, o ponto zero acontece quando a empresa conquista a autonomia financeira e não depende de novos aportes para continuar o funcionamento.
Ao mesmo tempo, quando a empresa atinge o ponto de equilíbrio, tem lucro zero, ou seja, o negócio está se mantendo, mas não gera lucro para os sócios.
Para que serve o ponto de equilíbrio?
Primordialmente usado para determinar a quantidade de produtos e serviços que devem ser vendidos, o ponto de ruptura auxilia também na avaliação da quantidade de novos produtos que podem gerar lucro para a empresa.
Se conciliado com outros indicadores, ele pode apontar caminhos para redução de custos dos processos e etapas da operação, assim como pode auxiliar na formação do cálculo do preço de venda dos produtos ou serviços.
Quais são as vantagens de conhecer o ponto de equilíbrio?
Quando a empresa identifica que atingiu o ponto de equilíbrio, pode avaliar estratégias com foco no aumento de faturamento, alterando mix de produtos, por exemplo, ou até mesmo identificando a oportunidade de aumentar o ticket médio.
O contrário é verdadeiro. Se o gestor perceber que o ponto zero não está sendo atingido, pode tomar decisões direcionadas para melhorias de processos, aumento de produtividade e busca de novos recursos.
O ponto de ruptura auxilia, portanto, nas metas e nos objetivos de curto, médio e longo prazo da empresa, já que oferece um cenário interno de possíveis gargalos ou indícios de eficiência do negócio.
Quais são os tipos de ponto de equilíbrio?
É importante lembrar que existem pelo menos 3 tipos: contábil ou operacional, financeiro e econômico. Vamos entender melhor cada um deles a seguir.
Ponto de equilíbrio contábil ou operacional
O contábil ou operacional é um dos mais simples e usados nas empresas. Para calculá-lo, basta somar todos os custos e despesas fixas e dividir pela margem de contribuição.
O resultado demonstra que o lucro é zero, ou seja, toda receita gerada pela venda de produtos é consumida para cobrir as despesas.
As despesas são formadas por impostos, custos de produção, prestação de serviço ou de revenda, além de custos e despesas administrativas, comerciais ou financeiras.
Ponto de equilíbrio financeiro
Enquanto o operacional leva em consideração todas as despesas da empresa, o ponto de equilíbrio financeiro calcula somente os gastos realizados para manter o negócio funcionando.
São consideradas somente as despesas administrativas e os custos operacionais. As depreciações, as amortizações e os impostos não são calculados.
Ponto de equilíbrio econômico
O ponto de equilíbrio econômico leva em consideração o custo de oportunidade macroeconômico. Ou seja, quanto o investidor ou empresário ganharia em outro negócio.
Para esclarecer, este indicador não observa custos nem margem de contribuição, mas as vantagens e as desvantagens em manter o negócio em detrimento de outros.
No econômico, o empresário avalia as oportunidades de mercado externas para balizar se o próprio negócio está sendo rentável ou não.
Por exemplo, ao escolher fazer um aporte maior para a própria empresa, ele opta por não investir em um fundo de investimento do mercado, arcando com os possíveis lucros ou prejuízos da escolha.
Quando o econômico é avaliado, o CEO da empresa verifica se o resultado produzido pelo próprio negócio é igual ou superior ao que foi preterido pelo empresário ou investidor.
Como calcular o ponto de equilíbrio?
O cálculo do ponto de equilíbrio envolve um bom conhecimento dos resultados da empresa, sistematização, conhecimento e disciplina.
Inicialmente, é preciso fazer o levantamento de todas as receitas mensais, ou seja, tudo o que a empresa vendeu. Depois, é necessário calcular o percentual de custos variáveis sobre as vendas. E, em seguida, calcular os custos fixos mensais.
É preciso também que seja feito o cálculo da margem de contribuição (percentual do faturamento que cobre os gastos fixos e forma o lucro).
O resultado é formado pela divisão dos gastos fixos da empresa pelo percentual da margem de contribuição. Quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado é o negócio.
Para resumir, as fórmulas de cálculo são:
Ponto de equilíbrio contábil = custos e despesas fixas/índice da margem de contribuição |
Ponto de equilíbrio financeiro = despesas e custos fixos – despesas não desembolsáveis/margem de contribuição |
Ponto de equilíbrio econômico = custos e despesas fixas + custo de oportunidade/margem de contribuição |
Como o ERP ajuda a identificar o ponto de equilíbrio?
O cálculo do ponto de equilíbrio pode ser feito de maneira manual, com o auxílio de planilhas, o que pode apresentar resultados limitados. Para empresas maiores e com várias linhas de produtos, recomenda-se um sistema de gestão financeira.
Existem hoje no mercado várias soluções, com alto grau de sofisticação, integrados aos demais sistemas organizacionais (comercial, faturamento e contábil, por exemplo).
Um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) funciona como um banco de dados centralizado que auxilia no cálculo de forma correta, além de oferecer várias outras vantagens, como:
Correta identificação do ponto de equilíbrio
O sistema de gestão calcula de forma automatizada o momento exato em que o faturamento “paga” todos os custos de produção e distribuição.
Existem filtros que podem ser aplicados e possibilitam a leitura da empresa como um todo ou de determinada linha de produtos.
Criação de parâmetros
É possível criar alertas e programar o sistema para que ele gere um aviso sobre quando o ponto de equilíbrio foi atingido ou quanto ainda falta para que isso aconteça.
São várias as possibilidades de personalização, que ajudam o empreendedor a manter ou mudar suas estratégias de vendas.
Relatórios em tempo real
A integração de vários sistemas permite que o administrador tenha em mãos os números da empresa em tempo real.
É possível acompanhar dia a dia o atingimento ou não do ponto de equilíbrio, o que influencia as estratégias comerciais.
Os relatórios do sistema de gestão podem ajudar a tomar decisões relacionadas a promoções, descontos ou manutenção de preços, uma vez que toda a receita futura representa lucro.
Possibilidade de mudança de estratégia
O sistema ERP agiliza a reunião de informações. Assim, quanto mais cedo, em um mês, for atingido o ponto zero, melhor para o empreendedor.
Isso significa que, se a conta já foi paga, todo o faturamento que entra vai compor o lucro. Essa informação cria oportunidades para novas estratégias promocionais e comerciais, de acordo com os objetivos que a empresa pretende atingir.
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