Qualquer empresa que deseja crescer precisa estar atenta a otimizações que levem à escalabilidade. Os microsserviços são inovadores e importantes para esse crescimento escalável, além de serem grandes aliados para aumentar a produtividade em uma organização.

Cada vez mais presentes no mundo tecnológico, os microsserviços são fundamentais para tornar a rotina organizacional mais flexível, otimizada e simples. Gestores que implementam esse conceito colhem muitos benefícios e geram um impacto positivo para o negócio.

Neste artigo, explicamos o conceito de microsserviços, como funcionam, a diferença entre eles e a arquitetura monolítica, quando usar na sua empresa e quais são as principais vantagens. Confira!

O que são microsserviços e como funcionam?

Os microsserviços fazem parte de uma nova arquitetura de criação de software, em que um único sistema se subdivide em outros (micro softwares). Cada um desses pequenos softwares trabalham de forma independente, o que facilita a eficiência das tarefas organizacionais.

Em um artigo de 1978, intitulado “Unix Time-Sharing System: Forward”, é possível entender a filosofia de executar com qualidade e precisão uma única função. Esse conceito é aplicado atualmente com os microsserviços. Cada micro software realiza uma única função para, assim, o trabalho gerar resultados melhores e mais eficientes.

Cada um dos microsserviços tem os seus processos funcionando de maneira independente e com regras específicas. Isso é uma forma de sair de um modelo monolítico, em que os serviços são dependentes uns dos outros, o que gera maior complexidade nas tarefas.

Quais são as diferenças entre as arquiteturas monolítica e de microsserviços?

Na imagem a representação das diferenças entre arquiteturas monolíticas e de microsserviços. A monolítica com um hexágono abrangendo todos os aplicativos de um sistema ao mesmo tempo, e o microsserviços pequenos hexágonos, cada um com um aplicativo, operando em paralelo.
Diferenças entre as arquiteturas monolítica e de microsserviços

Como citamos anteriormente, a arquitetura de microsserviços é uma inovação tecnológica do setor de desenvolvimento, que gera inúmeros benefícios às empresas que a utilizam.

Já a arquitetura monolítica é um meio mais complexo e que não é a melhor opção para uso.

A seguir, explicamos como funciona cada uma dessas arquiteturas e quais são as suas características.

Arquitetura de microsserviços 

Um conjunto de pequenos serviços, os microsserviços são um tipo mais inovador de arquitetura, que vem acompanhando os avanços tecnológicos com o objetivo de tornar a rotina de uma empresa mais eficiente e menos complexa. Entre suas principais características, podemos citar:

  • Foco na experiência do usuário;
  • Escalabilidade;
  • Flexibilidade;
  • Alterações de processos sem atrapalhar o sistema;
  • Otimização;
  • Diminuição de complexidades.

Arquitetura monolítica

Já na arquitetura monolítica, como o próprio nome já diz, todos os processos são executados em um único serviço. Dessa forma, o processamento, a memória e o banco de dados, por exemplo, são compartilhados.

É um meio mais complexo e que não tem o nível de eficiência dos microsserviços. Com o tempo, ele vai gerando desafios como:

  • Software lento;
  • Manutenção cara;
  • Inconsistências;
  • Escalabilidade limitada;
  • Falta de flexibilidade;
  • Riscos operacionais.

Quando usar microsserviços?

Uma pesquisa realizada pela O’Reilly revelou que 92% dos entrevistados tiveram algum sucesso com o uso dos microsserviços.

É uma tecnologia importante para os dias de hoje, em que é preciso otimização de tempo, escalabilidade, flexibilidade e processos mais dinâmicos. Por isso, listamos a seguir as três principais situações em que é recomendado utilizar essa arquitetura na sua empresa.

1. Quando há necessidade de escalabilidade

Como os microsserviços são utilizados separadamente, é possível escalar os processos de maneira independente para cada demanda e de acordo com a necessidade da empresa. Assim, o software é escalado de forma assertiva, apenas nos processos que precisam ser dimensionados.

2. Quando é preciso diminuir os impactos dos erros 

Nos microsserviços, quando um erro ocorre, ele não gera um impacto geral no software. Assim, os problemas que afetam o sistema como um todo são reduzidos. E as falhas individuais ficam mais fáceis de corrigir, já que são feitas separadamente sem atrapalhar os outros serviços.

3. Quando se deseja maior produtividade

Com a otimização de tempo dos processos que os microsserviços possibilitam, a equipe consegue obter uma maior produtividade. Além disso, é possível fazer distintos trabalhos de forma simultânea, gerando mais agilidade na entrega.

Quais são as vantagens dos microsserviços?

Que os microsserviços tornam os processos mais eficientes, simples e flexíveis, agora você já sabe. Para que os gestores possam estruturar ações de desenvolvimento mais dinâmicas e obter sucesso nos projetos, o uso desse modelo arquitetônico é fundamental.

São inúmeras as vantagens que ele oferece. Confira a seguir.

Facilidade para atualizar e implementar serviços

Por serem menores, com microsserviços, é mais fácil e rápido fazer atualizações ou implementações no sistema. Não é necessário reiniciar todo o sistema para que os outros serviços funcionem. Dessa forma, os processos de outras equipes não são afetados e o trabalho se mantém contínuo, além de não interferir na entrega.

Flexibilidade de tecnologia

Por ter um baixo nível de acoplamento entre os serviços, os gestores podem optar por uma tecnologia que melhor atenda as necessidades organizacionais de cada equipe. Dessa forma, os projetos são desenvolvidos com ferramentas mais assertivas, que solucionam demandas específicas da empresa.

Aumento da resiliência

Por trabalharem de maneira independente, os microsserviços reduzem as chances de falhas e, consequentemente, aumentam a resiliência dos processos. Quando ocorrem eventuais erros em algum dos serviços, todos os outros permanecem em funcionamento, sem interferências ou problemas de funcionamento.

Maior segurança

A segurança na arquitetura de microsserviços é maior pelo fato de serem isolados, facilitando o monitoramento. Se acontece, por exemplo, alguma violação de dados em algum dos serviços, isso não afeta os outros.

Mais agilidade

Essa subdivisão de serviços é o fator chave para que o software trabalhe de forma mais ágil. Com os setores trabalhando de forma separada, mantendo a integração de dados e informações, o sistema não se sobrecarrega e as atividades são executadas de forma otimizada e fluida

Monitoramento e automação de processos

O monitoramento em tempo real dos microsserviços é feito também de forma independente, para cada um em separado. Assim, os gestores conseguem ter maior precisão na identificação de falhas no processo e corrigi-las com mais agilidade

A automação de processos também é possível nessa arquitetura, simplificando atividades repetitivas. Com isso, o trabalho das equipes passa a ter um nível mais elevado de atuação e de confiabilidade na execução.

Redução de custos

Com a divisão em pequenos serviços, as equipes passam a trabalhar de forma precisa, com recursos e ferramentas que realmente são necessárias para o desenvolvimento dos processos. Isso diminui os gastos com funcionalidades desnecessárias.

Além disso, a eficiência e a automatização das atividades reduzem as chances de retrabalhos que podem gerar custos extras.

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