Manter a indústria sempre alinhada com a tecnologia é essencial para o sucesso do negócio. O MRP, por exemplo, é uma ferramenta tecnológica importante para gestão e compras de matéria-prima para a produção.
A área industrial exige planejamento em todos os níveis e um impecável controle de processos, despesas e qualidade. Existem diversas ferramentas e metodologias para alcançar esses objetivos, mas duas opções vêm se mostrado eficientes no planejamento: o MRP e o MRP II.
Essa tecnologia é uma ótima vantagem em um mercado cada vez mais concorrido, pois contribui para mais agilidade nas entregas, diminuição de gastos, menos falhas prejudiciais, além de ajudar no crescimento do negócio.
Neste artigo, explicamos o que é o MRP, como funciona, as suas principais vantagens, semelhanças e diferenças entre o MRP e o MRP II, como é feito o cálculo, qual a diferença entre o MRP e o ERP, como aplicar e quais as funcionalidades do ERP para a indústria. Confira!
O que é MRP?
A sigla MRP vem do inglês Materials Requirement Planning, que pode ser traduzido como Planejamento de Necessidades de Materiais. É um sistema de gestão inteligente que consegue prever a quantidade de materiais necessários na linha de produção para atender a uma determinada demanda.
Ele faz cálculos complexos, que incluem o volume da produção, o tempo de fabricação e as matérias-primas usadas. Integrado ao setor de vendas, o MRP consegue prever quando os materiais necessários no estoque atingirão nível de escassez, fornecendo assim as informações necessárias para a tomada de decisões.
Vamos usar um exemplo para facilitar o entendimento. Pensando que uma indústria de pães, por exemplo, necessite de farinha, ovos, leite, manteiga e fermento. A ferramenta vai analisar a disponibilidade de todos esses produtos e ajustar de acordo com a quantidade.
Ela vai analisar a capacidade para produzir uma certa quantidade de acordo com os níveis de estoque, diminuindo retrabalhos e custos na produção.
Entenda o MRP II
O MRP II é um descendente direto do MRP I que também tem foco no controle e no planejamento. A grande diferença é que o MRP II está voltado para os impactos futuros da produção sobre os setores de engenharia e de finanças.
Aqui não é controlada apenas a falta de um material, mas todo o impacto de custos que um possível aumento de demanda futura pode trazer ao negócio.
Esse sistema é empregado para viabilizar o planejamento da expansão, o aumento da produção ou a adequação da demanda, garantindo que a empresa tenha disponíveis os materiais necessários para suprir uma mudança na linha de produção.
Voltando ao nosso exemplo, além de analisar a quantidade de matéria-prima disponível, o MRP II analisa também outros fatores ligados à produção, como disponibilidade de capital financeiro, máquinas e recursos humanos.
Como funciona e quais são as vantagens do MRP para uma empresa?
O MRP funciona por meio de um mapeamento de todo o processo de produção para detectar, com precisão, tudo que é preciso para as etapas de forma a não ter desperdícios nem excesso de insumos.
Com isso, todas as etapas de produção são executadas com eficiência e agilidade, gerando rapidez na entrega final. Ele faz um planejamento de necessidades de materiais a partir de ações como:
- Controle do estoque;
- Monitoramento de demandas;
- Previsão de matéria-prima;
- Criação de propostas de compras;
- Quantidade e modelo de material necessário;
- Tempo de reposição;
- Tempo de fabricação.
Como citamos anteriormente, o MRP é capaz de manter o estoque bem controlado para que a indústria não tenha desperdício de insumos e, consequentemente, gastos extras desnecessários. Mas esse sistema oferece inúmeros outros benefícios, como:
- Otimização no processamento de dados;
- Redução de falhas humanas;
- Diminuição de atrasos nas entregas;
- Prevenção de tempo ocioso por falta de matéria-prima;
- Crescimento da produtividade;
- Gestão mais assertiva e estratégica;
- Redução de prejuízos e perdas.
MRP e MRP II: semelhanças e diferenças
Tanto o MRP quanto o MRP II são importantes para que os processos de produção industrial sejam eficientes, assertivos e otimizados. Ambos fazem a gestão da linha de produção e dos recursos utilizados para cada etapa, mantendo o estoque em dia.
Esse controle automatizado que o MRP e o MRP II fazem auxilia na diminuição de gastos desnecessários e desperdícios, além de reduzir ou evitar erros que prejudiquem a produção. Os dois são sistemas que fornecem uma gestão precisa e com inúmeras funcionalidades que ajudam a eliminar falhas, como:
- Perda de mercadorias;
- Compras desnecessárias;
- Registros incorretos de movimentação;
- Falta de conferência;
- Cadastros incorretos;
- Armazenamento inadequado;
- Entre outros.
Mas assim como as inúmeras semelhanças que ambos os sistemas possuem, eles também apresentam diferenças.
Enquanto o MRP faz toda a organização da quantidade de insumos que a indústria necessita para a sua linha de produção, sem que aconteçam desperdícios, o MRP II faz essa função e outras, como, por exemplo, antecipar exigências através de relatórios de compra.
A seguir, listamos as principais diferenças entre os dois sistemas.
Como aplicar o MRP em uma empresa?
O MRP I é fundamental para que a indústria consiga controlar e planejar sua produção rotineira, sendo capaz de acionar diferentes fornecedores no momento adequado.
Para isso, é preciso que os gestores alimentem o sistema com a carta de pedidos adequada para que os cálculos de materiais, de tempo de entrega e estocagem dessas matérias-primas sejam feitos.
Já o MRP II tem uma função mais estratégica, focando no crescimento da empresa de maneira integrada. Com ele, é possível dimensionar os impactos causados por uma expansão do negócio, incluindo desde a mudança em protocolos de engenharia a ajustes no setor financeiro ou mesmo no relacionamento com fornecedores.
Ambos os sistemas foram desenvolvidos, primeiramente, para indústrias manufatureiras. No entanto, sua aplicabilidade foi expandida para setores de diversos segmentos. Isso se deu pela descoberta de que o MRP I e o MRP II facilitam o controle de diversos processos industriais, como:
- Controle da demanda atual;
- Gerenciamento da carteira de pedidos;
- Previsão de impactos causados pelo aumento da demanda;
- Controle de estoque e da logística;
- Planejamento de ações estratégicas de engenharia;
- Controle financeiro focado no processo industrial.
Mas é importante se atentar para o fato de que essas ferramentas não devem ser usadas de maneira isolada dos demais processos da indústria.
Por isso, existem soluções que integram o MRP e MRP II a todos os processos da gestão de indústria — em especial os ERPs, que surgiram da expansão do MRP justamente com o intuito de integrar todas as áreas da empresa.
Como é feito o cálculo do MRP?
Com as informações captadas pelo MRP, é possível fazer um cálculo preciso. Mas existem três dados que são fundamentais na hora de calcular esses valores, que são:
- o volume de itens vendidos e previsões de vendas;
- a quantidade em estoque (seja de insumo ou de produtos finais);
- a lista completa das matérias-primas necessárias para a produção.
O cálculo também é feito baseado nas etapas de produção e no tempo de início e conclusão de cada uma delas, para, assim, obter valores exatos. Seguindo uma ordem, essa conta é feita da seguinte forma: definição do plano de produção, definição das matérias-primas necessárias e o cálculo.
Assim, os gestores conseguem manter o estoque equilibrado, evitando desperdícios e excessos, tanto de insumos quanto de produtos finais. E, com isso, as compras são executadas sempre que for realmente necessário e com o tempo certo de antecedência.
Qual é a diferença entre o MRP e o ERP?
O MRP ou Materials Requirement Planning é um sistema independente, enquanto o sistema ERP ou Enterprise Resource Planning faz a integração de todos os setores da empresa, mantendo dados e informações centralizadas. Dessa forma, os gestores conseguem gerenciar diferentes áreas da indústria em um único sistema.
Por ser um sistema mais completo e com uma gama maior de funcionalidades, o ERP consegue fazer a integração tanto do MRP quanto do MRP II em seu sistema.
Assim, a empresa consegue ter um gerenciamento amplo e de alto nível de todas as etapas dos processos de produção. Ele possui recursos que auxiliam toda a manufatura.
ERP Sankhya para indústria
Um levantamento da Panorama Group mostrou que a indústria, com 33%, é o setor que mais investe no sistema ERP como forma de automatizar e elevar o nível dos processos de produção. Com a integração das áreas e a centralização de dados e informações, o ERP se torna um ótimo aliado para essas empresas.
Dessa forma, independente do setor, todas as equipes se mantêm alinhadas com os processos através de uma visão geral fornecida pelo sistema de gestão. Assim, a comunicação interna se torna mais clara e objetiva, evitando falhas em qualquer que seja a atividade.
Essa centralização de informações é essencial para auxiliar os gestores em tomadas de decisões mais assertivas. Com a automatização dos processos, as etapas são otimizadas, aumentando a produtividade organizacional. Isso gera resultados positivos para agilizar a entrega do produto final e também para o cliente.
O ERP Sankhya atua em todas as áreas da indústria, como financeira, produção, entregas, fiscal, compras, estoque, controle de vendas, entre outras. Por ser um sistema abrangente, ele oferece inúmeras vantagens para as empresas que o implementam, como:
- Segurança de maior disponibilidade de produtos em estoque (de acordo com a demanda e a sazonalidade dos produtos);
- Consistência de dados (subsidiam a tomada de decisão para controle do processo);
- Gestão e controle dos processos com maior transparência e rastreamento das atividades críticas;
- Agilidade na correção, evitando atrasos nas entregas;
- Mitigação de gargalos na operação;
- Aproveitamento da capacidade produtiva;
- Análise de percentual de utilização da capacidade de produção;
- Parâmetros para auxiliar as negociações de novas compras junto aos fornecedores;
- Garantia de integridade das informações;
- Possibilidade de processar o produto acabado em diferentes etapas do processo;
- Controlar, organizar e apurar com eficiência os estoques de produtos acabados.
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