A gestão de recursos humanos é um componente essencial para o sucesso de qualquer organização, pois envolve a administração estratégica de pessoas para otimizar o desempenho e a satisfação dos funcionários.
Compreender sua importância e as melhores práticas para implementá-la pode resultar em um ambiente de trabalho mais eficiente, motivado e alinhado com os objetivos empresariais.
Neste artigo, entenda o conceito de gestão de recursos humanos, sua importância, o papel do gestor de RH, como fazer um gerenciamento de alta qualidade e as principais dicas para melhorar essa prática. Confira!
O que é gestão de recursos humanos?
A gestão de recursos humanos (RH) é a prática estratégica de administrar e coordenar o capital humano de uma organização, focando no aumento do desempenho dos funcionários para alcançar os objetivos empresariais. Envolve uma variedade de funções essenciais, como:
- Recrutamento e seleção;
- Treinamento e desenvolvimento;
- Avaliação de desempenho;
- Administração de benefícios;
- Manutenção de um ambiente de trabalho positivo e produtivo.
Além disso, a gestão de recursos humanos também abrange a conformidade com as leis trabalhistas e a implementação de políticas que promovam a diversidade, a inclusão e o bem-estar dos colaboradores.
Com uma abordagem eficaz, a gestão de RH contribui para atração, retenção e desenvolvimento de talentos, criando uma base sólida para o crescimento e a sustentabilidade da organização.
Por que a gestão de recursos humanos é tão importante?
O crescimento de uma empresa depende de alguns fatores importantes e que merecem atenção.
A eficiência dos processos internos, o gerenciamento de custos, o aumento da produtividade, a capacidade de adaptação e a manutenção dos níveis de satisfação e comprometimento dos profissionais são apenas alguns dos vários desafios.
Além disso, o ambiente de trabalho tem sempre grande influência sobre o desempenho dos times.
Segundo o Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), realizado pela Zenklub, o índice de bem-estar dos trabalhadores brasileiros foi de 65,4 pontos em 2023, sendo inferior aos 78 pontos considerados como o mínimo aceitável para que um ambiente corporativo seja emocionalmente saudável.
Por isso, a gestão de recursos humanos deve englobar diversas questões envolvendo a saúde e o bem-estar dos colaboradores, assim como incentivo ao aprendizado, reconhecimento e valorização do indivíduo.
Também é fundamental que o gerenciamento seja baseado em ética, transparência e comunicação efetiva. Dessa forma, é possível estabelecer condições ideais para que as equipes consigam colocar em prática todas as suas competências e os seus conhecimentos.
É essencial que a gestão de recursos humanos seja aplicada por todos os gestores – não apenas pelo RH -, e alinhada às expectativas corporativas. Isso requer uma visão precisa do negócio, compreendendo a cultura empresarial e as responsabilidades dos departamentos.
Líderes devem estar atualizados sobre novos projetos, tecnologias e informações de mercado. Assim, o RH se torna um facilitador, selecionando profissionais, criando programas de treinamento e identificando novas lideranças.
Pesquisas de clima organizacional ajudam a monitorar a qualidade do gerenciamento, avaliando a satisfação e o engajamento das equipes. Compreender as demandas da empresa e dos funcionários é fundamental para criar um ambiente produtivo e colaborativo.
Qual é o papel e a importância do gestor de recursos humanos?
O gestor de recursos humanos desempenha um papel essencial na administração estratégica do capital humano dentro de uma organização, sendo responsável por diversas funções que impactam diretamente o desempenho e o bem-estar dos funcionários.
Sua importância está na capacidade de recrutar, selecionar, treinar e desenvolver talentos alinhados com os objetivos da empresa. Além disso, o gestor de RH implementa políticas de remuneração e benefícios, promove a diversidade e a inclusão, e mantém um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Ele também é primordial na mediação de conflitos, na condução de avaliações de desempenho e na elaboração de programas de desenvolvimento de carreira.
Ao atuar como um elo entre a alta administração e os colaboradores, o gestor assegura que as necessidades e expectativas de ambos sejam atendidas, contribuindo para a satisfação dos funcionários, a retenção de talentos e o sucesso organizacional.
Como fazer a gestão de recursos humanos nas empresas?
Para fazer a gestão de recursos humanos nas empresas de forma eficaz, é necessário adotar uma abordagem estratégica e integrada desde o recrutamento até o desenvolvimento contínuo dos funcionários.
Primeiro, é importante definir de forma clara os perfis e as competências necessárias para cada posição, utilizando processos seletivos rigorosos para atrair os melhores talentos. Uma vez contratados, implementar programas de integração ajuda a alinhar novos funcionários com a cultura e os objetivos da empresa.
Investir em treinamento e desenvolvimento contínuo é necessário para aprimorar habilidades e motivar os colaboradores. Avaliações de desempenho regulares, combinadas com feedback construtivo, permitem identificar áreas de melhoria e reconhecer o bom desempenho.
Além disso, é fundamental manter uma comunicação transparente e aberta, promover um ambiente de trabalho inclusivo e saudável e oferecer pacotes de benefícios competitivos para aumentar a satisfação e a retenção dos funcionários.
A gestão de recursos humanos também deve incluir a análise constante de dados e métricas relacionadas a clima organizacional, engajamento e produtividade, permitindo ajustes estratégicos conforme necessário para garantir um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.
17 dicas para melhorar a gestão de recursos humanos
Existem diversas práticas e políticas que fazem parte da gestão de recursos humanos e, por isso, devem ser implantadas em todas as empresas. A seguir, listamos as principais. Confira!
1. Prepare adequadamente as lideranças
O líder sempre exerce grande influência sobre o rendimento e a motivação de suas equipes. Por isso, é fundamental investir no desenvolvimento de novas lideranças, capazes de conduzir, orientar, ensinar e inspirar.
As análises de perfil comportamental são úteis na fase de identificação e as avaliações de desempenho servem para confirmar os potenciais.
Ao preparar esse profissional, é preciso considerar conhecimentos técnicos e gerenciais, além de habilidades específicas, como poder de decisão, inteligência emocional, empatia, resiliência e humildade.
2. Aperfeiçoe e sistematize os processos seletivos
Os processos seletivos são a base para a formação de equipes de alta performance. Por isso, o recomendado é contar com recrutadores capacitados ou agências especializadas no assunto. Mas vale lembrar que a definição do perfil ideal deve ser feita pelo RH em conjunto com o gestor responsável pela vaga.
Assim, é possível estabelecer critérios que eliminam a subjetividade das escolhas. Também é importante cultivar a multidisciplinariedade dos times, sem esquecer de características pessoais relevantes, como disciplina, força de vontade e honestidade.
3. Conheça cada membro do time
A queda na produtividade e a falta de comprometimento podem estar atreladas a diversas causas. Dentre as mais comuns, estão problemas particulares, desmotivação e ausência de perspectivas de futuro.
Por isso, é fundamental ter um líder que conheça cada membro do seu time, incluindo vocações, preferências, receios, ambições e deficiências. Para alcançar esse nível, é preciso focar no diálogo, na observação e em um gerenciamento de maior proximidade.
4. Invista em treinamento
Quando o líder conhece sua equipe, consegue planejar os treinamentos com efetividade. Mas é importante que todo programa de capacitação seja baseado nas necessidades da empresa, observadas por meio de um levantamento da análise dos KPIs, das operações críticas, tecnologias, reciclagens e mudanças nas legislações.
Além disso, é essencial considerar as competências mais exigidas no dia a dia das equipes, como negociação, persistência e cooperação. Assim, é possível elaborar uma proposta personalizada. O onboarding também deve estar previsto no treinamento, garantindo a ambientação aos recém-chegados.
5. Reforce o sistema de comunicação
A comunicação é um dos pilares da gestão de pessoas e, por isso, é primordial usar corretamente todos os canais internos. E-mails, newsletters, aplicativos e redes sociais corporativas são ótimas alternativas, pois facilitam o compartilhamento de dados e arquivos.
Mas é preciso evitar a comunicação totalmente assíncrona, mantendo as reuniões para que o grupo se mantenha integrado. O sistema de comunicação da empresa precisa garantir que os profissionais estejam permanentemente atualizados sobre a organização, o mercado, a concorrência e os projetos a curto, médio e longo prazos.
6. Distribua metas individuais e coletivas
Uma gestão voltada para o aumento da produtividade usa um bom plano de metas. Assim, a estratégia corporativa é traduzida em objetivos macro que são desdobrados em metas coletivas e individuais. Mas é fundamental que elas sejam atingíveis, caso contrário, gera desmotivação e perda de credibilidade na gestão.
Paralelamente, o gestor deve desenvolver um planejamento mais completo, incluindo ações, cronogramas e interdependências com a intenção de direcionar os esforços e auxiliar os times.
7. Repasse parte dos lucros
Algumas pequenas e médias empresas têm adotado uma prática comum às grandes organizações, vinculando a remuneração ao desempenho alcançado pelos colaboradores em um determinado período. Assim, as equipes ficam satisfeitas e motivadas e os resultados refletem essa dedicação adicional.
É importante estabelecer critérios de apuração, como aumento do faturamento, participação de mercado, expansão da base de clientes ou uma mescla de vários indicadores. Há também a possibilidade de considerar o desempenho individual por meio de um sistema de recompensas.
8. Implemente a avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho permite a mensuração não só da performance individual dos funcionários como até mesmo das equipes. Elas devem embasar os programas de treinamento, o plano de sucessão e as indicações para promoções internas, assim como a definição de aumentos salariais e a decisão sobre desligamentos.
Existem diversos modelos de avaliação de desempenho. Os convencionais se limitam a uma análise unilateral, realizada pelo gestor. Outros propõem uma comparação entre as avaliações preparadas pelo líder e pelo próprio colaborador. Há também a avaliação 360°, que engloba a opinião de colegas e gestores.
9. Adote o feedback
Por meio de conversas francas e estruturadas, o líder deve elogiar, instruir e corrigir falhas, especialmente as relacionadas a comportamentos inadequados e queda no rendimento. Esse é o momento para a construção de um plano de desenvolvimento individual, com ações destinadas ao crescimento e amadurecimento do profissional.
O feedback deve ser consistente e objetivo, baseado em fatos e acontecimentos e não em impressões pessoais e achismos.
10. Desenvolva um plano de cargos e salários
Para desenvolver o plano de cargos e salários, é preciso descrever cada função existente na estrutura da empresa, contemplando todas as exigências e responsabilidades devidas, como formação acadêmica, experiência, conhecimentos específicos e entregas obrigatórias.
Com base nesse mapeamento, é possível elaborar políticas que premiam o know-how e o aperfeiçoamento contínuo dos colaboradores. Isso gera motivação, que leva ao aumento de produtividade, que, por sua vez, é refletido nos resultados corporativos.
11. Ofereça um plano de carreira
O plano de carreira é uma consequência do plano de cargos e salários, indicando quais competências devem ser desenvolvidas pelos profissionais para que se tornem candidatos a oportunidades futuras. Também deve estar ligado aos programas de treinamento e de identificação de talentos.
12. Pense em benefícios inteligentes
Os benefícios corporativos interferem fortemente na motivação e nas taxas de retenção dos profissionais. Por isso, é preciso elaborar uma carteira em sintonia com o perfil das equipes. Nesse caso, é necessário observar dados como escolaridade, faixa salarial, estado civil, idade dos dependentes, interesses e hábitos.
Uma prática que vem ganhando adeptos é permitir que o próprio profissional escolha seus benefícios dentro de um portfólio previamente definido.
13. Aposte na delegação
Com mais autonomia e novas responsabilidades, os times podem adquirir cada vez mais conhecimentos, demonstrar habilidades e ampliar a rede de contatos. Porém, é primordial que o líder apoie e monitore seus liderados, de modo que todos possam atingir os objetivos planejados.
14. Organize um banco de horas
O banco de horas é uma maneira simples de flexibilizar a jornada de trabalho, garantindo mais comodidade para todos. A organização é favorecida, já que parte das horas extras não precisam ser pagas e os profissionais também podem trocar esse tempo por folgas, para descansar ou tratar de assuntos pessoais, por exemplo.
15. Encoraje a criatividade
Um dos efeitos colaterais mais nocivos do crescimento de uma empresa é o aumento da ineficiência e dos gastos ocultos. Por isso, é importante aproveitar a criatividade das equipes para solucionar esses problemas.
Os profissionais diretamente envolvidos podem identificar mais facilmente os desperdícios, os gargalos e as oportunidades de melhoria, ajudando na otimização dos processos. Assim, recomenda-se a criação de um programa destinado a esse tipo de participação.
16. Consolide um ambiente colaborativo
É fundamental que o líder saiba administrar os conflitos, minimizar as pressões, banir comportamentos tóxicos, estimular a colaboração e, principalmente, estar disposto a ouvir seus liderados. O senso de complementaridade e o trabalho em equipe devem ser fortalecidos. Dessa maneira, é mais fácil evitar hostilidades e rivalidades.
17. Invista em um sistema de gestão
Investir em um sistema ERP é fundamental para melhorar a gestão de recursos humanos, pois centraliza e automatiza processos como recrutamento, folha de pagamento e gestão de benefícios, aumentando a eficiência e reduzindo erros administrativos.
Além disso, um ERP fornece análises detalhadas e relatórios em tempo real, facilitando a tomada de decisões estratégicas. A integração de dados em uma única solução também promove melhor comunicação e colaboração entre departamentos.
O sistema também otimiza a gestão de talentos, contribui para a satisfação dos funcionários e melhora o desempenho organizacional geral.
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