Uma nova tendência no mundo dos negócios, o ERP Composable é um sistema que permite personalizar o fluxo de trabalho. Integrante da 4ª Era ou ERP 4.0, ele proporciona funcionalidades mais avançadas de acordo com as necessidades e o segmento da empresa.
O ERP Composable age como um orquestrador de microsserviços, tendo um sistema robusto e forte no centro, que comanda as operações fundamentais, e é flexível o suficiente para que um ecossistema de soluções trabalhe em conexão com o software.
Hoje, quero conversar com você sobre a importância que o ERP Composable tem na estruturação digital do seu negócio, para oferecer uma experiência diferenciada e integrada à cultura e aos valores da empresa. Confira!
O que é ERP Composable?
O ERP passou por uma evolução histórica: começou como uma solução para indústria, depois tornou-se um ERP monolítico e, então, se flexibilizou entre o final do século 20 e o início do século 21 para a característica que a maioria tem hoje, o ERP por módulos.
O fato é que a unidade de trabalho por módulos é coisa do passado e o software do futuro será por processos. O conceito que abordamos hoje sobre o ERP do futuro ganhou o nome de ERP Composable ou Componível (aquele que pode ser feito por vários componentes), em que os processos podem ser combinados e recombinados.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Gartner mostrou que as organizações estão se adaptando cada vez mais ao ERP Composable e, até 2023, 65% das empresas vão usar aplicativos ERP que contenham características específicas da 4ª Era.
É muito importante que as empresas caminhem junto com os avanços da tecnologia e dos sistemas da 4ª Era para conquistar destaque no mercado e, principalmente, vantagem competitiva.
O ERP Composable faz uma junção de distintas tecnologias emergentes e essenciais para a evolução dos negócios, como:
- Internet das Coisas (IoT);
- Inteligência Artificial (IA);
- Machine Learning (ML).
Qual é a proposta do ERP Composable?
A ideia geral é que o ERP Composable será o núcleo e, em torno dele, várias pequenas ações devem acontecer. É difícil para um aplicativo ou para uma startup fazer algo revolucionário que envolva os núcleos típicos do ERP, como:
- Gestão financeira;
- Gestão da produção;
- Gestão fiscal;
- Gestão de estoque.
Esses são processos complexos e que envolvem muita legislação, rastreabilidade e compliance. É preciso ter uma estrutura madura, estável e que tome conta de toda essa parte. Por outro lado, é difícil para os ERPs competirem com a velocidade e a habilidade que as startups têm para resolver pequenos problemas, que estão relacionados no âmbito geral do software.
Então, você tem um aplicativo que resolve muito bem e individualmente ações como problemas logísticos, processos de recursos humanos ou critérios de CRM da empresa. Com o futuro cada vez mais tecnológico e prático, o ERP vai ficar cada vez mais aberto ao tipo de integração necessária.
Assim, ele passa a colocar vários pequenos aplicativos e soluções de startups, que são muito boas em resolver pequenos problemas, mas que não têm condição de fazer um ERP inteiro por ser um projeto muito grande.
Com isso, o ERP vai estar no centro e uma quantidade grande de produtos e serviços menores vão estar em torno dele. Consequentemente, isso gera implicações econômicas, pois grandes organizações de software estão chamando isso de ecossistema e fazendo a fomentação.
Essas organizações de ERP estão dando todo tipo de apoio para que as startups e as empresas inovadoras sejam aliadas ao seu sistema, gerando um ecossistema de soluções. Assim, o ERP vai oferecer a sua solução central, o seu núcleo, e mostrar que existem inúmeros parceiros que oferecem serviços que podem ser complementares e agregar aos negócios.
Com todo esse movimento, as grandes organizações de softwares vão incorporar aquelas empresas inovadoras que se sobressaem e conseguem monetizar melhor uma determinada experiência para incorporar ao núcleo do ERP.
O ERP Composable é uma tendência que já está se intensificando cada vez mais e vai gerar muitas oportunidades e renovação no mercado, pois vai deixar de ser módulos para ser processos.
Em um futuro muito próximo, quando você executar um processo de compras, por exemplo, será possível fazer a requisição no ERP, em seguida executar o processo no aplicativo de aprovação, mandar para o jurídico e para compras, que serão efetuadas talvez em um outro software ou em uma plataforma de terceiros.
Quando for feita a cotação, ela será aprovada de novo naquele sistema e no aplicativo inicial, gerará o pedido de compra no ERP, irá para uma plataforma e, em seguida, cada etapa do processo de compras será executada em plataformas e aplicativos diferentes. Mas todas essas ações serão comandadas diretamente pelo ERP.
Como fazer bom uso do ERP Composable?
O ERP precisa conduzir o usuário na execução dos processos: à medida que as ações vão se desenrolando, ele recebe uma notificação de aprovação para efetuar a atividade. Ao clicar, ele vai para onde precisa da sua aprovação e encontra um pedido de compra para validar.
Não importa se o usuário está em uma plataforma, no software ou no aplicativo, pois o ERP conduz toda a execução dos processos. Esse é o futuro dos negócios, com muita complexidade, mas também de muitas oportunidades, aprendizado e desafios para empresas que desejam estar em constante evolução e alinhadas com o mercado tecnológico.
No meu canal, gravei um vídeo em que falei sobre este assunto.
E, você, para onde acha que a evolução do ERP vai nos levar? Concorda comigo? Coloque sua opinião aqui e vamos comentar a respeito desse futuro muito próximo.
E, por falar em futuro, também falamos sobre a transformação dos empregos a partir da tecnologia. Confira também: