Mantendo a tradição, a Sankhya reuniu novamente o time de colaboradores com profissionais renomados do mercado de trabalho. A Convenção Sankhya 2023 foi realizada nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Uberlândia (MG).   

Com o objetivo de fazer o alinhamento estratégico do ano, o evento contou com a participação de mais de 1.400 colaboradores do Grupo Sankhya, incluindo as unidades de todo o país e as empresas investidas Neppo, PontoTel e Ploomes

Com o tema “(R)evolution”, a Convenção Sankhya 2023 abordou assuntos como: 4ª revolução industrial, transformação digital, metaverso e, principalmente, foco em experiência do cliente.

Palestraram no encontro Francianne Baroni, Luciana Teles e João Branco. O renomado Maestro Carlos Martins finalizou o evento com apresentação musical. 

Tradição Sankhya

Em 2022, a Convenção Sankhya teve o tema “Pulse” e reuniu quase 2 mil colaboradores em um evento de três dias. Bernardinho, Taty Ferreira e Murilo Gun foram alguns dos palestrantes. 

Além de assuntos sobre estratégias para engajar e alinhar às melhores práticas de gestão, o evento trouxe aos participantes conhecimento e ânimo para enfrentar o “novo normal”.

Em 2023, a Convenção Sankhya abordou no primeiro dia temas voltados para estratégias comerciais e sucesso do cliente, e no segundo, assuntos de interesse de toda a empresa. 

Confira os pontos principais tratados por cada palestrante.

Profissionais exponenciais e a revolução 4.0

Francianne Baroni palestrando no Sankhya (R)evolution

Empresas exponenciais precisam de funcionários e colaboradores que pensem e ajam de forma exponencial e, para falar mais sobre o assunto, o Grupo Sankhya convidou Francianne Baroni Zandonadi. 

Doutora em Biociência pela Universidade de Cuiabá e Universidade Federal de Viçosa, Mestre em Saúde Coletiva com ênfase em Saúde do Trabalhador (Núcleo de Riscos e Agravos) pela Universidade Federal do Espírito Santo, possui MBA em Gestão Empresarial e Compliance e Gestão de Riscos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Além disso, Baroni é especialista em Didática do Ensino Superior e Análises Clínicas e Ambientais pelo CRBIO RJ.

Também é graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo e Tecnóloga em Saneamento Ambiental pelo Instituto Federal de Educação do Espírito Santo. 

Com experiência de mais de 25 anos como docente em instituições brasileiras, a palestrante ensina temas como: Ética e Sustentabilidade, Empreendedorismo, Gestão de Pessoas, Liderança e Gestão de Equipes, Compliance e Gestão de Riscos, ESG, entre outros.

Essa é a segunda vez que a especialista participa de um evento Sankhya em menos de três meses e, mais uma vez, traz aos colaboradores assuntos pertinentes e atuais. 

Já no começo da palestra, Francianne Baroni enfatizou a importância da atenção, foco e execução de tudo o que se aprende, para evitar a “curva de esquecimento de Ebbinghaus”.

De acordo com a Teoria de Ebbinghaus, um indivíduo perde 46% do conteúdo aprendido depois de 20 minutos. Depois de uma hora, perde 56% e, após 30 dias, esquece 80%

Segundo a palestrante, o que faz a diferença na vida de um profissional é a postura de “learning by doing”, ou seja, aprender fazendo

Ainda de acordo com Baroni, a 4ª Revolução Industrial em 2016 trouxe uma ruptura total com IA, IoT, Big Data, Blockchains, NFTS etc. 

E o mundo VUCA [volatility (volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity (ambiguidade)] morreu, dando espaço ao BANI [(brittle (frágil), anxious (ansioso), nonlinear (não-linear) e incomprehensible (incompreensível)].

Junto com o conceito BANI, surge a urgência do pensamento e ações exponenciais

Pensamento exponencial x pensamento linear

É importante salientar a diferença entre pensamento exponencial e pensamento linear. Enquanto o pensamento linear é unidimensional e segue uma constância, o exponencial, busca a mudança contínua.

No pensamento exponencial, o indivíduo busca a neuroplasticidade, quando tem potencial para mudar de forma intuitiva e intencional, para uma nova versão, todos os dias.

“Quem você é hoje não vai te manter no mercado de trabalho amanhã”, completou a especialista.

Genética evolutiva e inteligência colaborativa

Durante a Convenção Sankhya 2023, Baroni explicou como funciona a genética evolutiva do ser humano, e como somos capazes de desenvolver e amadurecer nossos cérebros.

As tomadas de decisões, por exemplo, ficam no córtex pré-frontal, mesmo hemisfério cerebral responsável pela atenção, julgamento, controle de impulsos e resolução de problemas.

Também é no córtex pré-frontal que acontece o pensamento crítico, organização, automonitorização, antecipação, aprendizado por experiências, onde é possível sentir e expressar emoções, ter empatia.

Francianne Baroni conta ainda que existe uma seleção natural, em que quem se adapta mais rápido, consegue sobreviver às mudanças do mundo moderno.

Portanto, a especialista afirma que o ser humano é capaz de moldar comportamentos, focando principalmente na inteligência colaborativa e, consequentemente, no desenvolvimento exponencial.

Epigenética X epigenética corporativa 

Antes de falarmos em desenvolvimento exponencial, é bom lembrar que a epigenética humana é o DNA sendo modificado pelo ambiente

Se o ser humano se expõe a atividades saudáveis, consegue alterar o composto fenótipo para saúde. Já se é exposto a estresse, tabaco, infecções, inflamações, entre outros, pode alterar o fenótipo para doença.

Nos ambientes empresariais, o que interfere na epigenética corporativa são os fatores evolutivos que medem quanto a corporação tem de soft skills, adaptação, características e caráter profissional.

De acordo com Francianne, dedicação, produtividade, qualidade, adaptabilidade, resiliência, humildade, proatividade, honestidade e caráter alteram o fenótipo corporativo e, consequentemente, a epigenética corporativa.

Como se comportam os profissionais exponenciais? 

Segundo Baroni, para encontrar os protagonistas da (R)evolução, é preciso identificar pelo menos 5 características comportamentais.

1º comportamento: mesmo diante da NEGATIVIDADE, visualizar OPORTUNIDADES

Pessoas que conseguem fazer a neuromodulação dos pensamentos, fazendo autossugestão (indução cognitiva intencional) e criando diálogos internos que mudam estruturas cerebrais. 

2º comportamento: nutrir relações de CONFIANÇA

São aquelas pessoas que tornam a confiança a receita para avançar na linha evolutiva, já que a confiança gera respeito, engajamento e lucro. A confiança é a base do altruísmo (inteligência colaborativa).

Já pessoas desconfiadas, medrosas e egoístas levam à desconcentração, inibição. O egoísmo é a inteligência individual.

Ainda falando sobre nutrir relações de confiança, a especialista apontou a empatia como ponto forte em tempos de (R)evolução.

“A empatia é entender que o outro é o outro, com outras histórias, competências, outras habilidades, outras dores e alegrias. A receita para exercitar a empatia é ouvir com interesse, escuta ativa, sem julgamentos e preconceitos”, afirmou Francianne.

3º comportamento: estar preparado

Estar sempre preparado não é o mesmo do que estar sempre preocupado. De acordo com a especialista, a preocupação e a ansiedade podem diminuir o cérebro e aumentar o cortisol.

Pessoas preparadas são aquelas que se preocupam no momento certo e quando têm motivo. Observam no mundo as coisas que não estão no próprio controle e entendem que devem focar energia nas variáveis controláveis. 

“Nós só mudamos aquilo que nós controlamos, e você controla você”, enfatizou a palestrante. 

4º comportamento: mudar crenças e comportamentos 

Mudar uma crença é mais fácil do que mudar um comportamento, porque mudar comportamento exige energia. E é necessário mudar o comportamento para enfrentar o que vier.

Para Francianne, um profissional da (R)evolução reinventa e não vitimiza. Encontra novos caminhos cerebrais. Corre os riscos. Tem ousadia para encontrar novas fórmulas e métodos. Não tem medo do erro.

“O mundo não muda com crenças, não muda com vontades, não muda com intenções. Ele muda com ações. Se eu não posso mudar o contexto, eu mudo a ação e a ação muda o contexto. Mude você e tudo muda!”, ressaltou a palestrante.

5º comportamento: lutar contra a ilusão da imortalidade

Por fim, mas não menos importante, a especialista levantou a “luta contra a ilusão da mortalidade” como sendo o quinto comportamento para um profissional exponencial.

Afirmando que o cérebro se adapta rápido ao positivo e ao negativo (questões familiares, amorosas, profissionais), Francianne afirma que o arrependimento vive da ilusão da imortalidade.

Portanto, é importante ter consciência da mortalidade e entender que no vazio nasce o arrependimento e a esperança (esperar e desperdiçar).  

“Você é o que você decidir ser!”, destacou Francianne.

Lembramos que organizações exponenciais são feitas de profissionais exponenciais que destroem padrões antes de serem destruídas. Trabalham a inovação “disruptando” e reconstruindo, aprendendo e reaprendendo constantemente.

Ao final da palestra, Francianne instruiu que os profissionais que querem ter pensamento e atitude exponenciais devem começar pelo propósito, pelos porquês, sonhando grande e começando pequeno.

“Viva intensamente como se fosse o último momento, entregue o seu máximo a cada dia, porque a gente nunca sabe quando é que nós vamos fazer o ‘check out’”, finalizou Zandonadi.

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Onde erram as empresas que acabam fechando?

Luciana Teles palestrando no Sankhya (R)evolution

Conforme dito anteriormente, um dos temas abordados na Convenção Sankhya 2023 foi o sucesso do cliente. E, palestrando sobre o assunto, tivemos Luciana Teles, Diretora de Customer Success e Customer Care da Axur.

Jornalista e especialista em Customer Success há mais de 8 anos, Luciana já atuou em quatro operações de diferentes tamanhos e complexidades (Linx, Vagas, Hi Platform e Axur).

Também participa dos maiores eventos de CS e está entre as Top 100 estrategistas de CS do mundo.

Além de contar a própria trajetória no mercado de trabalho atual, a jornalista identificou e apontou durante a palestra quais são os 4 principais erros de empresas, que acabam fechando

1. Ignoram o significado de sucesso para o cliente 

De acordo com Luciana, o primeiro erro das empresas é ignorar o que significa sucesso para o cliente. Ela apontou que é fundamental ouvir as necessidades para, assim, buscar soluções.

“Só é possível endereçar uma necessidade de mercado quando você entende o que é sucesso”, explicou a especialista. 

2. Negligenciam o “poder do não”

Além disso, ela foi categórica ao dizer que nem sempre é possível e ideal atender tudo o que o cliente quer. É preciso ter bom senso e saber identificar estratégias de resultados com foco no cliente.

“Digam ‘não’ sem medo, sempre que o ‘sim’ não for levar o cliente ao resultado esperado”, completou Teles. 

3. Não conseguem contaminar todos com empatia pelo cliente

Para a especialista, um dos maiores erros dos empresários que fecharam as portas foi o de não priorizar a empatia pelo cliente e não comunicar aos colaboradores sobre a importância da empatia.

“Só é possível ouvir de fato o cliente quando não queremos apenas negar o problema ou a dor”, reforçou a especialista.

4. Fracassam em entender o potencial humano 

Por fim, Luciana Teles, defendeu que os negócios não devem mais ser vistos como relações de B2C e B2B e, sim, H2H (Human to Human), dando o real valor às pessoas e ao potencial humano.

Baixe os insights bônus com as entrevistas dos palestrantes.

O seu trabalho não é só o seu trabalho

João Branco palestrando no Sankhya (R)evolution

Um dos palestrantes mais esperados durante a Convenção Sankhya 2023 foi João Branco, atual vice-presidente de Marketing do McDonald’s (Méqui).

Com experiência de mais de 20 anos em grandes marcas de diferentes mercados, o profissional liderou o time que bateu todos os recordes da história do Big Mac. 

Além disso, Branco é considerado o profissional de marketing mais admirado do Brasil (Scopen), Top 10 melhores CMOs do Brasil (Forbes), 1 CMO mais efetivo do Brasil (AD Latina), Profissional de Marketing do ano (Propmark) e Top 3 líderes de Marketing do Brasil (Caboré).

Duas vezes palestrante TEDx, João é colunista da Exame, UOL, Meio&Mensagem e MIT Tech Review. Um dos executivos mais seguidos do Brasil, com os textos lidos por mais de 2 milhões de pessoas por mês.

Autor do livro “Dê Propósito”, listado 10 vezes  entre os mais vendidos do Brasil, é professor da PUC e Startse.

João Branco também lançou em 2022 a imersão “Marketing ao Máximo”, em parceria com a Exame Academy.

Durante a Convenção Sankhya, Branco falou sobre sucesso, carreira, memórias e marcos de anos de mercado.

Alertou sobre a importância em sonhar alto e em profundidade, criando memórias de vida e não somente profissionais.  

“Não sonhe GRANDE! Sonhe ALTO, com profundidade. Observe as memórias que está criando! Dê propósito a elas!”, disse o palestrante.

João Branco também elencou 3 dicas para profissionais em tempos de (R)evolução.

1. Intenções importam

O primeiro ponto levantado pelo palestrante foi sobre a forma como são feitas as tarefas, atividades e relações dentro de um negócio.

Ele enfatizou que as intenções também são percebidas pelos clientes, colaboradores e stakeholders. E que eles reconhecem e criam vínculos com as marcas. Portanto, observar as intenções é importante.

“As pessoas percebem as suas intenções. Pense em ajudar, servir e amar genuinamente e estar bem consigo mesmo”, ressaltou Branco.

2. As pessoas precisam do que você faz

A segunda dica elencada pelo profissional é de que toda e qualquer atividade é importante e deve ser valorizada. Todo mundo precisa do que o outro está fazendo em algum momento ou nível.

“Não importa qual seu trabalho, ele sempre é útil. Eu não vendo batata frita, eu deixo vidas mais felizes”, reforçou o palestrante.

3. Excelência é igual a amor ao próximo

Por último, Branco defende que os profissionais devem aprimorar a forma como servem aos outros. E fazer com excelência cada atividade e tarefa.

“O mercado de trabalho não é um lugar onde você vai trocar tarefas feitas por salário pago. O mercado de trabalho é o lugar onde nós colocamos as nossas vocações, nossas habilidades, nossos chamados e nossas capacidades em favor do outro. Continua fazendo o que você está fazendo, nesse mesmo trabalho, mas muda o seu coração no que você está fazendo!”, falou Branco.

O profissional encerrou a palestra destacando a necessidade de trabalhar com emoções. “Clientes precisam de ajuda! Trabalha com o coração, emoção”, concluiu.

Conteúdos exclusivos da Convenção Sankhya 2023

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