O relatório financeiro é primordial para que a sua empresa possa acompanhar com precisão o desempenho dos negócios. Alinhado ao sistema ERP, ele oferece ao gestor dados e informações detalhadas, auxiliando na análise das finanças.
Hoje, quero conversar com você sobre a importância dos relatórios financeiros, exemplificando os 10 mais essenciais para uma organização que deseja ter sucesso e equilíbrio. No final, ainda quero falar sobre um relatório bônus que também é necessário. Confira!
O que é relatório financeiro?
O relatório financeiro é um conjunto de dados disponíveis em ferramentas essenciais para as tomadas de decisões de uma organização. Cada um disponibiliza informações financeiras específicas e que auxiliam os gestores no acompanhamento do resultado dos negócios.
Essas ferramentas são fundamentais para uma gestão financeira de qualidade e também para que a empresa esteja de acordo com o que é exigido pelos órgãos fiscalizadores. Com esses dados, é possível fazer projeções a curto, médio e longo prazo, além de corrigir ou antecipar falhas.
Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian revelou que, no primeiro semestre de 2022, houve um aumento de 3,45% no número de empresas inadimplentes, em relação a 2021. Para evitar esse quadro, os relatórios são um recurso importante, ajudando a organização a ter um equilíbrio financeiro.
10 relatórios financeiros indispensáveis para operação e gestão
Ter um conjunto de relatórios financeiros é importante para suportar as necessidades da gestão organizacional. Por isso, quero mostrar quais são os 10 mais essenciais e que não podem faltar na sua empresa.
1. Agenda financeira
O primeiro relatório financeiro é a agenda financeira, que mostra o que é preciso pagar e receber, qual é a diferença entre um e outro a médio e longo prazo, o que é importante durante a semana, mês ou daqui um ano. Além disso, é necessário ter o gráfico para acompanhar as curvas de pagamento e recebimento.
Naturalmente, na sua agenda financeira e no gráfico deve haver o valor líquido do que precisa receber ou do que pagar, porque às vezes você presta um serviço que tem imposto retido e o valor a receber não será o total.
Por outro lado, você pode pagar, por exemplo, um trabalho que custa determinado valor, mas precisa quitar com o seu fornecedor um líquido e ser o substituto tributário dele, pagando o imposto depois. A agenda financeira precisa comportar todas essas possibilidades de maneira automática para você saber o que precisa ser pago e recebido a curto, médio ou longo prazo.
2. Saldos bancários
O segundo relatório financeiro é o de saldos bancários, que mostra se você tem reserva financeira para satisfazer eventuais picos de despesa, se vai precisar de um empréstimo ou se é necessário fazer um hot money, por exemplo.
Em tempos de “fintechização” dos ERPs, muitos oferecem a opção de entrar em contato com o banco, solicitar o empréstimo e fazer a transação. Tudo isso associado às necessidades da empresa, que podem ser um empréstimo, um adiantamento de recebíveis ou qualquer tipo de operação.
3. Fluxo de caixa projetado
O terceiro relatório financeiro é o fluxo de caixa projetado, que serve para incorporar tudo o que é preciso pagar e receber e também as provisões, as possibilidades e o que está no controle orçamentário, que é o quarto relatório.
4. Controle orçamentário
Ainda dentro do fluxo de caixa projetado, é preciso incorporar o controle orçamentário. O fluxo de caixa e a gestão orçamentária são relatórios importantes e precisam estar no ERP.
5. Impostos
Ainda focando na parte operacional, o quinto relatório financeiro é o de impostos. Ele não pode ser algo em que você faz uma apuração no final do mês e, só no começo do mês subsequente, descobrir quanto precisa recolher.
Deve haver um controle constante para saber quanto se tem de saldo de imposto até aquele instante. Isso pode fazer parte da definição de uma estratégia de compra, venda ou estoque e é preciso saber, em tempo real, qual o valor de imposto a ser pago.
Esse conjunto de agenda financeira, saldo bancário, fluxo de caixa e impostos são os relatórios básicos para executar na rotina dos negócios, mas existem também os que fazem parte da gestão, sobre os quais vamos falar a seguir.
6. Rentabilidade
O sexto relatório financeiro é o de rentabilidade, que está associado à apropriação de custos e não pode ser uma informação para analisar apenas no final do mês. A rentabilidade precisa ser segmentada em múltiplas camadas, como:
- Produto;
- Grupo de produto;
- Vendedor;
- Loja;
- Unidade;
- Dia da semana;
- Região;
- Cidade.
O sistema precisa ter um filtro prático, que facilite o detalhamento do ranking de rentabilidade e que tenha múltiplas capacidades de segmentação fácil, rápida e instantânea.
7. Inadimplência
O sétimo relatório financeiro é o de inadimplência, que possui as mesmas características de camadas, como inadimplência por cliente, vendedor, cidade e carteira, para que você possa fazer um monitoramento adequado.
E a melhor forma não é visualizar um número que chega ao final do mês e, sim, o número que é avaliado no dia a dia da gestão de crédito e cobrança.
8. Ciclo operacional
O oitavo relatório financeiro é o do ciclo operacional, que mostra a necessidade de capital de giro, o prazo de recebimento de vendas e de compras e se a média de estoque está adequada. O ERP fornece todos esses dados de forma precisa e ainda possibilita fazer simulações.
Por exemplo, se você diminuir o prazo médio de estoque para 25 dias, o sistema precisa dizer o valor que será o capital de giro. Assim, é possível executar os processos em função dos dados fornecidos em simulação.
9. Demonstrativo de resultados do exercício
O nono relatório financeiro é o demonstrativo de resultados do exercício, que tem a mesma característica da rentabilidade, sendo segmentado por cliente, cidade, vendedor, produto e fornecedor.
10. Segmento
O décimo relatório financeiro é o segmento e depende do nicho de negócio. Se é o de serviço, por exemplo, talvez precise de um relatório que seja um cronograma físico-financeiro por projeto, serviço prestado ou por contrato. Dependendo do segmento, é preciso um relatório de gestão de investimentos.
[Bônus] Relatório financeiro próprio
Além desses 10 relatórios financeiros, trouxemos um bônus, que é o seu próprio relatório financeiro. É aquele que nenhum ERP tem, uma vez que contém a sua personalidade e o seu olho clínico. Por conter características próprias, você precisa pensar nas melhores práticas de gestão financeira, na disciplina e na lei.
Esse relatório atende as necessidades específicas da empresa com o seu olhar, ações que só você consegue identificar e entender o que precisa ser ajustado. O ERP precisa ter a flexibilidade necessária para que esse relatório pessoal seja feito de forma intuitiva, sem precisar de uma programação ou uma customização.
Todas as vezes em que eu encontro um executivo ou um empreendedor bem sucedido, noto que eles possuem relatórios próprios. E é importante que o ERP seja gerenciado de um jeito simples e instantâneo, para que o acesso seja possível com facilidade.
Se você tiver alguma observação a fazer, seja concordando, discordando ou fazendo um acréscimo, deixe seu comentário e vamos trocar ideias.
Leia também: ERP financeiro: como ele é um aliado da gestão da sua empresa?