A gestão da qualidade garante que a operação seja feita de forma correta, permitindo que as ações sejam eficazes, de alto padrão e consistentes. Dessa forma, os produtos ou serviços são finalizados conforme o plano estratégico da empresa, gerando excelentes resultados.
Hoje, quero conversar com você sobre gestão de qualidade relacionada ao planejamento estratégico. Qual é a importância de estarem ligados um ao outro e como utilizar o ERP para otimizar esses processos? Vamos lá?
Por que é importante fazer gestão de qualidade?
Quais são os critérios para buscar metas do planejamento estratégico, seja para curto, médio ou longo prazo? Ou quais são os critérios que fazem parte da declaração de missão, visão e valores da empresa?
Independente de qual seja a sua resposta, a gestão de qualidade precisa estar associada a ela. Esse assunto é complexo, mas importante, pois tem muitas conexões com tudo o que acontece na empresa.
A gestão da qualidade muitas vezes é praticada operacionalmente como um subproduto da legislação ou da necessidade de prestar contas para os consumidores sobre rastreabilidade de produtos.
Por isso, é comum que a gestão da qualidade seja apenas uma forma de registrar não conformidades, de procurar melhorar o processo produtivo e de manter o monitoramento contínuo sobre a produtividade da empresa.
Mas a gestão é mais necessária do que se imagina. Prova disso é a pesquisa realizada pela consultoria Falconi, em que muitos empreendedores revelaram ter foco apenas no lucro, deixando em segundo plano o mais importante: a gestão.
Das empresas entrevistadas, 62,7% afirmaram ter um modelo de gestão, mas que não têm eficiência, e aproximadamente 20% disseram não possuir um modelo definido.
Gestão de qualidade x planejamento estratégico
A integração entre a gestão da qualidade e o planejamento estratégico é necessária para que os processos aconteçam com eficiência e precisão.
Quando o planejamento estratégico determina, por exemplo, que é preciso buscar meios de diminuir o custo de produção, a qualidade precisa estar associada a isso. Ela deve dar insumos, subsídios e sugestões para que o custo seja diminuído em conformidade com aquilo que foi determinado pelo planejamento estratégico.
A qualidade deve ser ativa e propositiva em relação ao que pode ser mudado para a empresa atingir os seus objetivos estratégicos. E isso pode ser feito de várias formas.
Nós já tivemos clientes que conseguiram várias vezes fazer com que a qualidade fosse o motor da inovação. Posso citar um caso em que a qualidade verificou que, quando se usava um produto com uma granulometria menor do que a padrão, a produtividade aumentava e, por consequência, o custo diminuía.
Como foi possível fazer essas observações? Nesse caso, não havia inconformidade, rastreabilidade e nenhum problema de custo maior ou menor. O que havia era uma curva de produtividade, que se movia quando se usava o produto da marca A ou da marca B.
A empresa, então, optou por usar definitivamente o produto da marca com a granulometria melhor e isso possibilitou que a produtividade como um todo aumentasse e o custo diminuísse.
Por que usar indicadores na análise de qualidade?
Existem várias formas de a qualidade ser propositiva e uma das mais impactantes é quando, no planejamento estratégico, se determinam quais são os indicadores que vão fazer parte da análise da qualidade.
Quando você estabelece os indicadores de forma online (e é importante que o ERP seja online), as pessoas trabalham em função do que é o planejamento estratégico.
Por exemplo, quando você diz para a sua célula de produção que o nível de rejeito precisa cair uma porcentagem específica e disponibiliza esse acesso da contabilidade de forma digital, os colaboradores passam a trabalhar em função do que estão vendo em tempo real.
Quando você diz que existe o indicador de tempo de execução e ele é medido instantaneamente, no momento em que a ordem de produção é apontada ou quando o sistema faz a leitura da máquina ou quando a balança pesa no exato momento em que a situação acontece, todas as pessoas têm acesso ao conteúdo do indicador estratégico.
Dessa forma, elas começam a agir em função da qualidade para atingir aquele indicador em específico. Por isso, não é recomendado que sua empresa tenha um ERP que forneça, no dia 3 do mês subsequente, por exemplo, qual foi o resultado do mês passado, porque essa ação não gera gestão nenhuma.
Essa falta de gestão impossibilita você de cobrar o seu operador, coordenador de célula de trabalho ou gerente de produção. As pessoas precisam se sentir cobradas de imediato, sabendo que a tecnologia está tomando conta do indicador no momento em que o desempenho acontece, para que elas saibam da necessidade de melhoria das tarefas.
Principais indicadores de qualidade
Sabemos que a qualidade é o fator chave para o sucesso da empresa. Por isso, é importante conhecer os principais indicadores e aplicá-los de forma precisa e eficiente no negócio. Existem 7 que são de fundamental conhecimento:
1. Teste de aceitação no mercado
O público é quem define o sucesso do produto ou serviço de acordo com a qualidade que ele oferece. Esse teste tem como intuito medir o nível de aceitação no mercado.
2. Eficiência e produtividade
Quanto maior for esse indicador, melhores são os resultados.
3. Impacto
Com esse indicador de qualidade, é possível medir o nível de satisfação do cliente com relação à qualidade do produto ou serviço.
4. Eficácia
Mede a importância e a influência que o produto ou serviço tem diante do mercado.
5. Serviço ao cliente
Com foco no pós-venda, esse indicador mede o nível de elogios e de reclamações.
6. Segurança
Mede a qualidade com relação à segurança, à saúde e à integridade física do consumidor.
7. Prazo
O tempo de entrega de todos os processos de produção é essencial para garantir bons resultados, desde a operação até a entrega.
Como o ERP organiza a gestão de qualidade?
O sistema de qualidade precisa estar alinhado com o planejamento estratégico e ambos precisam ser coordenados pelo ERP, de modo que as pessoas saibam o que estão fazendo, por que estão fazendo e qual é o papel que cada ação desempenha no exercício dos números gerais da empresa.
Dessa maneira, os colaboradores conseguem compreender o significado do seu trabalho. Isso resulta em melhores práticas e excelência. É importante lembrar que, para conseguir eficiência, é preciso investir em um ERP capaz de oferecer as ferramentas e os recursos adequados.
Veja o vídeo do meu canal em que falo sobre este assunto.
E aí na sua empresa, como têm sido as experiências com gestão de qualidade? Deixe aqui o seu comentário. Vamos debater e trocar ideias.