Vender produtos e serviços online está cada vez mais comum. Por meio da Inteligência Artificial (IA) e da Internet das Coisas (IoT), provindas da Indústria 4.0, o comércio eletrônico tem crescido a cada dia. Com isso, o número de importações e exportações também. Por isso, é importante saber quais são os custos de importação e como calculá-los.
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, as importações no Brasil subiram 30,9% na terceira semana de julho de 2022 e totalizaram US$ 143 bilhões. E segundo uma pesquisa realizada pela Euromonitor a pedido do Google, a projeção de crescimento no comércio eletrônico entre os anos de 2021 e 2025 é de 42%.
Portanto, é fundamental que empresas de qualquer porte se adaptem às tendências de mercado. Os custos de importação fazem parte do planejamento operacional de um negócio. E, se não forem bem avaliados, podem atrapalhar o desenvolvimento do planejamento estratégico como um todo.
Entenda quais são os principais custos de importação e como avaliá-los.
Quais são os principais custos de importação e impostos?
Antes de um produto chegar ao consumidor final, são muitas as etapas e custos operacionais. Saber quais são estes custos auxilia os CEOs e gestores a optarem por aumentar ou diminuir o mix de produtos, por exemplo. E tomar outras decisões pertinentes ao negócio.
Os custos de importação podem ser determinantes para a sustentabilidade de uma empresa e, por serem inúmeros, devem ser calculados desde a compra do produto até a logística de entrega. Conheça quais são os custos de importação em detalhes e evite prejuízos.
Custos de matéria-prima e do produto
Para que um produto seja fabricado, são necessários insumos, matéria-prima, embalagem etc. Estes custos são levados em conta quando é estipulado o valor do produto no mercado e, posteriormente, são repassados para os importadores e consumidores finais.
Sendo assim, avaliar os custos de importação do produto é um dos passos mais importantes na hora de definir a negociação.
Se eles forem altos, o fornecedor/importador deve entender que deverão ser repassados e muitas vezes os consumidores não estão dispostos a “pagar a conta”.
Além disso, é importante lembrar que os impostos e demais custos são calculados baseados no valor do produto, o que pode encarecer ainda mais a negociação. Por isso, negligenciar os custos do produto e de matéria-prima pode ser um grande erro.
Custos operacionais e despesas aduaneiras
Da mesma forma, acontece com os custos operacionais e as despesas aduaneiras, que são repassados nos custos de importação.
Todos os custos burocráticos ligados à operação devem ser calculados, bem como os custos com despachantes aduaneiros, que podem variar de acordo com a complexidade do serviço e do volume de mercadorias importadas.
É importante lembrar que os custos de importação acima de 3 mil dólares em cargas devem ter cadastro no Portal Siscomex.
Custos fixos, variáveis e internacionais
Os custos de importação embutem custos fixos, que são aqueles que independem do volume de vendas, mas que devem ser pagos com recorrência, como aluguel, energia etc.
Os importadores também devem ficar atentos aos custos de importação variáveis, que são os que sofrem alterações conforme uso, sazonalidade etc.
Quem importa produtos deve se atentar ainda aos custos de importação internacionais, que são determinados por cada país de origem e variam conforme o câmbio local.
As despesas bancárias com importação também devem ser contabilizadas nos custos de importação.
Custos com impostos
Além dos custos de importação variarem de acordo com as regras de cada país, quando o produto chega ao Brasil, ele também pode ser taxado pelos governos federal, estadual e municipal.
O custo de importação total, em impostos, é a soma de vários tributos (II + IPI + PIS + ICMS + COFINS).
Imposto de importação (II)
O imposto de importação (II) faz parte dos custos de importação e está diretamente e exclusivamente ligado aos produtos importados. Este tipo de imposto pode chegar a 60% do valor da mercadoria importada.
Para calcular o imposto de importação, é preciso verificar quais são as alíquotas variáveis, de cada produto e mercadoria. As alíquotas no Brasil, atualmente, variam entre 0 a 35%.
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como o próprio nome diz, taxa mercadorias industrializadas. Neste caso, a alíquota varia de acordo com cada produto e segue uma tabela pré-estabelecida pela lei brasileira e pela Receita Federal.
Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
Os Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são aplicados inclusive em produtos nacionais. Estes tributos são determinados pelos estados.
As alíquotas variam de acordo com origem e destino de cada item importado. E as informações sobre as taxas praticadas podem ser consultadas na Secretaria do Estado da Fazenda, para onde o produto está sendo importado e de onde vem.
Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
PIS e COFINS são contribuições sociais federais. Atualmente no Brasil, o Programa de Integração Social (PIS) incide 1,65% sobre o valor de cada produto importado. Mas, antes de finalizar o cálculo dos custos de importação, é aconselhável verificar os valores.
Já a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incide 7,6% sobre o valor dos produtos. Porém, também pode sofrer mudanças. É sempre bom conferir antes de importar um produto.
Custos com logística e frete internacional
Finalmente, para que o produto importado chegue ao consumidor, é importante calcular os custos de importação com logística e frete internacional.
Os custos da logística incluem gastos com transporte, manuseio, armazenamento da carga e entrega.
No caso dos fretes internacionais, deve-se adicionar custos de carga e descarga, formas de embalagem e armazenagem, além de considerar que cada tipo de frete tem processos diferentes.
Os fretes marítimos, por exemplo, usam contêiner com preços que podem ser mais elevados do que os fretes aéreos. Os custos com frete doméstico também devem ser calculados.
Seguro da carga
Por último, mas não menos importante, o seguro da carga deve estar no radar dos CEOs e gestores que cuidam dos custos de importação.
Apesar de não ser obrigatório, é indicado para quem trabalha com importações, já que geralmente os custos dos produtos importados são altos.
O custo de seguro da carga varia entre 0,5% e 2% no valor da carga.
Como um ERP ajuda no cálculo e na redução de custos de importação?
Já ficou claro que são inúmeros os detalhes e processos quando o assunto é importação de produtos. Com a grande quantidade de impostos no Brasil, os custos de nacionalização e a alta carga tributária, é necessário que o importador siga regras para evitar prejuízos.
O uso de um sistema integrado de gestão empresarial (ERP) ajuda a minimizar erros e a reduzir o retrabalho. Com o ERP Sankhya, por exemplo, o importador consegue contabilizar de maneira detalhada e antecipada os custos da importação.
Com dashboards digitalizados, é possível fazer todo o levantamento necessário de custos de importação, taxas e tributos totalmente online, em tempo real.
O ERP auxilia também na criação de um planejamento logístico e financeiro com cálculos de margem de erro e margem de lucro etc., além de integrar outros departamentos da empresa que possam ser pertinentes à importação.
Permite ainda que sejam inseridas informações como benefícios fiscais, que são concedidos por alguns estados brasileiros e buscam reduzir os custos nas importações, além de aumentar a segurança jurídica.
Muitas outras funcionalidades são disponibilizadas na hora de importar produtos e reduzir os custos de importação, auxiliando o gestor a:
- Identificar as melhores condições comerciais (Incoterms);
- Ter um levantamento do custo da importação (despesas/receitas);
- Calcular o valor do frete e seguro;
- Fazer cotação com vários fornecedores;
- Analisar a viabilidade da importação;
- Negociar melhor a operação de importação;
- Gerenciar o processo de importação, acompanhando se o produto está pronto para ser embarcado pelo exportador no exterior, confrontando previsto x realizado;
- Receber documentos e enviá-los ao despachante para que ele avalie e inicie o processo de despacho aduaneiro de importação (nacionalização);
- Integrar impostos diretamente do Siscomex para realizar os cálculos dos impostos no processo de importação;
- Receber dados da importação com o Siscomex (integração) através do número da Declaração de Importação (DI);
- Receber os produtos;
- Gerar nota de nacionalização dos produtos;
- Gerar nota de serviço (serviço de importação);
- Gerar nota de remessa/venda para transporte das mercadorias;
- Pagar a importação e fechar o câmbio;
- Emitir relatórios pertinentes ao processo de importação.
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