Ignorar a gestão do ativo imobilizado não é apenas um erro contábil, mas também é um risco estratégico. Em um cenário corporativo onde precisão, compliance e retorno sobre investimento são inegociáveis, o controle patrimonial se torna um eixo vital da governança financeira.
A má gestão de ativos pode gerar distorções contábeis, perda de créditos fiscais, penalidades regulatórias e decisões operacionais equivocadas. Por outro lado, uma gestão estruturada permite previsibilidade, conformidade e vantagem competitiva.
Neste artigo, você vai aprender o que é o ativo imobilizado, sua importância estratégica na contabilidade, os principais exemplos desse tipo de ativo, os riscos associados a uma gestão inadequada e como um ERP pode transformar a forma como sua empresa realiza esse controle.
O que é ativo imobilizado?
Ativo imobilizado é o conjunto de bens físicos que a empresa utiliza de forma contínua para operar, por no mínimo 12 meses, e que não são destinados à revenda. Estamos falando de imóveis, máquinas, veículos, equipamentos de TI, mobiliário e mais.
São considerados ativos permanentes, cuja função é garantir a operacionalidade da empresa. A classificação contábil leva em conta não apenas o tempo de uso, mas também a expectativa de geração de benefícios econômicos ao longo do tempo.
Esses bens são registrados pelo custo de aquisição, incluindo impostos não recuperáveis e despesas com instalação e operação. Contabilmente, devem gerar benefícios econômicos futuros, sendo depreciados conforme sua vida útil. Um equipamento industrial de R$ 100 mil, por exemplo, precisa ser reconhecido como ativo e depreciado ao longo dos anos, impactando diretamente o balanço patrimonial e os tributos.
Qual é a diferença entre ativo fixo e ativo imobilizado?
O termo “ativo fixo” caiu em desuso com a padronização contábil trazida pela Lei 11.638/2007 e pelo CPC 27. O conceito permanece o mesmo, mas a terminologia oficial agora é “ativo imobilizado”.
Na prática, os dois nomes se referem aos mesmos bens. O ponto crítico para as empresas é o critério de capitalização: o que deve ou não ser registrado como ativo. A legislação fiscal adota R$ 1.200 como referência, mas o princípio contábil da materialidade exige que cada empresa defina sua própria política, com clareza e consistência.
Subestimar esse critério pode inflar despesas operacionais e reduzir lucros artificialmente. O resultado? Planejamentos distorcidos, relatórios frágeis e riscos em auditorias.
Por isso, é essencial que as diretrizes estejam bem definidas e sejam aplicadas de forma consistente.
Qual a importância do ativo imobilizado na contabilidade?
Um ativo mal gerido não é apenas um número errado no balanço, é uma decisão equivocada esperando para acontecer. A precisão dos registros de ativos impacta diretamente na acurácia do balanço patrimonial, no cálculo de depreciação, na apuração de tributos e na credibilidade da empresa diante de auditorias e investidores. Além disso, influencia na elaboração de relatórios financeiros, que embasam a tomada de decisão estratégica.
Um controle ineficaz pode gerar:
- Superavaliação ou subavaliação do patrimônio
- Apuração incorreta de impostos (como PIS/COFINS)
- Penalidades fiscais
- Falhas no planejamento de substituições ou manutenções
- Distorção nos indicadores financeiros
- Dificuldade em justificar investimentos junto a stakeholders
Por outro lado, uma gestão patrimonial eficiente permite:
- Previsibilidade orçamentária
- Melhor retorno sobre o capital investido
- Redução de custos com manutenção emergencial
- Aproveitamento correto de créditos fiscais
- Tomada de decisões mais precisas sobre substituição e manutenção
Quais os principais exemplos de ativos imobilizados?
Na teoria, o ativo imobilizado é um conceito contábil. Na prática, é o que move a empresa todos os dias, literalmente.
São os bens físicos que sustentam a operação, garantem continuidade, aumentam a produtividade e, quando bem gerenciados, protegem o caixa e melhoram os indicadores financeiros. Veja como eles se manifestam no cotidiano corporativo:
- Imóveis e terrenos: galpões logísticos, centros de distribuição, sedes administrativas e fábricas. Não são apenas estruturas, são pontos centrais da operação.
- Veículos: da frota comercial aos caminhões de entrega, esses ativos mantêm a cadeia logística em movimento. Sem eles, não há giro.
- Equipamentos industriais: prensas, esteiras, geradores, injetoras. O coração da produção está aqui, e qualquer parada inesperada vira prejuízo.
- Mobiliário corporativo: cadeiras ergonômicas, mesas de trabalho, armários. Itens que, apesar de parecerem triviais, moldam a produtividade do ambiente.
- Tecnologia e informática: servidores, computadores, impressoras, roteadores. Em um negócio digitalizado, esses ativos são tão estratégicos quanto os financeiros.
- Ferramentas operacionais: equipamentos de medição, dispositivos de segurança, ferramentas de uso recorrente. São os “bastidores” que mantém a engrenagem funcionando.
Por exemplo: em um centro odontológico, a cadeira de atendimento, o autoclave, o compressor de ar e o computador da recepção são ativos imobilizados. Todos duráveis, essenciais e interdependentes. Já itens como luvas, seringas ou máscaras, embora igualmente críticos, são consumíveis e entram como despesas operacionais.
Vale destacar que ativos intangíveis, como licenças de software, patentes ou marcas, não entram aqui, mas exigem o mesmo rigor de controle patrimonial, com regras contábeis específicas.
Como gerenciar o ativo imobilizado no ERP Sankhya
Planilhas desconectadas, cadastros inconsistentes, depreciação feita no improviso e ativos “fantasmas” no inventário. Soa familiar? É exatamente assim que muitas empresas ainda tentam controlar seu patrimônio, e pagam caro por isso.
O módulo de ativo imobilizado faz parte da gestão patrimonial no ERP Sankhya. Essa área é responsável por controlar todos os bens que compõem o patrimônio da empresa, ou seja, os itens necessários para manter as atividades produtivas ou administrativas.
Qualquer bem utilizado para produzir, vender ou apoiar processos internos que geram benefícios econômicos deve ser classificado como imobilizado.
Dentro da gestão patrimonial, o módulo de ativo imobilizado desempenha um papel central. Ele permite o gerenciamento completo das entradas, saídas e movimentações de bens, além de automatizar o cálculo mensal da depreciação conforme a vida útil definida para cada item.
O sistema também faz a apuração dos créditos tributários relacionados aos bens, como PIS, COFINS e ICMS via CIAP.
O módulo possui integração direta com a contabilidade, já que gera lotes contábeis de forma automática, e oferece controle detalhado da localização dos bens, inclusive quando há transferências entre departamentos ou filiais.
O módulo de ativo imobilizado é uma peça essencial da gestão patrimonial do ERP Sankhya, pois oferece todas as ferramentas necessárias para um controle preciso, integrado e confiável do patrimônio empresarial.
Conclusão
O ativo imobilizado costuma ser tratado como um item de compliance, um número na contabilidade ou uma obrigação fiscal. Mas esse olhar é limitado e perigoso.
A verdade é que ativos físicos sustentam a operação, impactam diretamente o fluxo de caixa, influenciam indicadores financeiros e moldam a capacidade de resposta da empresa diante de crises ou oportunidades. Quem não controla com precisão, não decide com segurança.
Centralizar a gestão patrimonial em um ERP como o Sankhya não é apenas uma questão de eficiência. É uma forma de blindar a empresa contra erros, perdas e passivos ocultos, enquanto abre espaço para decisões mais inteligentes sobre aquisição, uso e substituição de ativos.
Fale com um consultor Sankhya e veja como transformar ativos físicos em ativos estratégicos com controle, agilidade e inteligência.
