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Sonhos de infância: o que executivos de grandes empresas queriam ser quando crescessem

21/outubro | 2024

Conheça os astros do rock e jogadores de futebol que encontraram o seu caminho na tecnologia.

No Dia das Crianças, é comum refletirmos sobre nossa própria infância e os sonhos que tínhamos naquela época. Mas você já se perguntou o que os grandes empreendedores e executivos de hoje sonhavam em ser quando eram crianças? 

Dos Palcos ao Escritório: A Jornada de Felipe Calixto

Felipe Calixto, atual CEO e cofundador da Sankhya, uma das maiores empresas de soluções de gestão empresarial (ERP) do Brasil e criadora do conceito de plataforma EIP (Enterprise Intelligence Platform), tem uma história que une rock e empreendedorismo de forma única. Quando criança, Calixto não sonhava com planilhas ou estratégias de negócios – seu coração batia no ritmo do rock and roll.

Nos anos 80, junto de amigos e seu irmão, também fundador da Sankhya, Fábio Túlio, formou a banda de rock Solo Vertical em Uberlândia, Minas Gerais. A banda não era apenas um hobby de adolescência – eles chegaram a fazer shows pela região, tocar na rádio FM local, gravar um disco na BMG Ariola, no Rio de Janeiro, e até abrir um show da Banda Kid Abelha

Embora o sonho da fama musical tenha dado lugar à vontade de empreender, Calixto não deixou a paixão pelo rock para trás, e traz a energia e a criatividade do rock para sua liderança na Sankhya. “A paixão pela música me ensinou sobre dedicação, trabalho em equipe e a importância de se conectar com o público – habilidades que uso todos os dias como CEO”, explica.

Sua expertise agora se estende à tecnologia e IA aplicada aos negócios, transformação digital e cultura de inovação. Calixto é frequentemente convidado como palestrante em eventos de gestão, compartilhando sua visão única sobre o futuro da gestão empresarial, sempre com um toque do espírito rock and roll que marcou o início de sua jornada.

Calixto não está sozinho em sua jornada de transformação de sonhos infantis em sucesso empresarial. Caio Laurino, hoje CIO da Maitha Tech, consultoria de desenvolvimento de soluções digitais com abordagem inovadora, tinha talvez o sonho mais comum entre meninos brasileiros: ser jogador de futebol. Apesar de ter seguido rumos opostos, ainda assim sua paixão pelo esporte teve impacto na carreira na tecnologia. “Queria ser jogador de futebol, mas nunca fui nenhum craque, e acabei desistindo aos 16 anos. O esporte me ajudou demais a trabalhar em equipe, superar desafios, comunicação, etc. Desisti para focar nos estudos de tecnologia e trabalhar”, conta Caio. 

Do futebol para a tecnologia também foi o caminho de Isabela Castilho, CEO da Rocketseat, escola de programação, capacitação e desenvolvimento profissional. A estrada de Isa, porém, encontrou muito mais obstáculos, por ser mulher em um dos universos masculinos. Uma lesão mudou os rumos e a colocou no caminho da programação. Ambas as carreiras, futebol e programação, são vistas como “profissão de homem”. “Meu sonho quando criança era ser jogadora de futebol. Minha história foi aquela coisa de filme, em que tudo muda depois do protagonista se machucar e precisar encontrar algo novo para sonhar. Mas, pensando bem, meu sonho de criança se conecta muito com a minha realidade atual. Comecei praticando algo que me encantou, a programação, e o universo da tecnologia, assim como o esporte, especialmente o futebol, é uma carreira predominantemente masculina, mas isso está mudando cada vez mais”, conta Isabela. 

Hoje, como mulher, mãe e CEO de uma empresa de tecnologia, Isabela reflete como a sua versão criança reagiria ao ver a trajetória que construiu e, que hoje, espelha também uma menina dentro de sua casa. “A posição de executiva também tem suas semelhanças. Pessoas que acreditam que o atleta só treina e entra em campo para jogar parecem não saber que por trás da ação existe muito estudo e estratégia acumulados junto da experiência de quem joga e de quem prepara o jogador, e isso faz toda a diferença no resultado. Essa lembrança de um sonho de criança me fez parar para entender que a mini Isabela ficaria surpresa com onde chegamos, mas ficaria ainda mais empolgada ao saber que estamos felizes com esse futuro que nós duas construímos”, finaliza.

Matéria publicada em Região Uberlândia

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